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Rectificação: O desafio da mudança

Por lapso, na última edição do Barómetro RH, onde o habitual painel de comentadores analisou o estado do país em matéria de emprego e as possibilidade de contrariar o negro cenário que se prevê para 2009, a opinião de Nuno Troni, Principal da Michael Page Executive Search saiu trocada. Com as desculpas desculpas do ExpressoEmprego, aqui fica o artigo correcto.
12.02.2009


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Nuno Troni
Principal da Michael Page Executive Search
A actual crise que vivemos veio mudar vários conceitos e paradigmas estabelecidos, pelo que o grande desafio que as empresas e trabalhadores enfrentam passa pela capacidade de mudança e adaptação. Os modelos de gestão que todos utilizávamos não dão uma resposta eficaz ao mercado de hoje.

A concorrência tende a acentuar-se, tanto interna como externa, pelo que a competitividade, tão discutida nos últimos tempos, ganha novo e maior relevo nos dias de hoje. Hoje não concorremos apenas contra outras empresas por um mercado ou cliente, concorremos também dentro da nossa empresa.

Outro ponto importante é que são poucas as empresas que contam com equipas com experiência em gestão de crises, independentemente de deterem cargos de gestão ou não. A preferência na contratação de profissionais juniores em detrimento de seniores, com experiência profissional tanto em tempos de crise como de estabilidade, resulta em termos algumas empresas pouco preparadas para os desafios que estamos a viver. As empresas terão de aprender a valorizar estes colaboradores – estabilidade, experiência e maturidade são qualidades e critérios tão importantes como dinamismo e potencial de evolução.

A flexibilidade deverá ser das principais características para quem pretende continuar activo no mercado de trabalho. Com as oportunidade de emprego a escassear é fulcral a adaptação de cada um às necessidades das empresas e do mercado, oferecendo-lhes polivalência e estabilidade.

O mercado deve ser analisado de forma macroeconómica por todos, certos sectores vão-se ressentir de forma mais profunda que outros. Cabe aos profissionais desses meios procurar alternativas em segmentos de mercado mais promissores, encarando os processos de recrutamento de forma mais estratégica. A remuneração torna-se assim secundária para quem pretende crescer a médio prazo e deverão ser os objectivos qualitativos a orientar a carreira dos candidatos.

É também neste contexto que a aposta na formação académica e complementar faz todo o sentido. Na ausência de projectos desafiantes a nível profissional o enriquecimento curricular, através de cursos técnicos especializados, estudos pós-graduados ou idiomas pode revelar-se crítica e diferenciadora no mercado face a outros colegas de trabalho.

Para quem não tem entraves aos mercados internacionais, pode ter chegado o momento da saída. A crise é global mas as economias emergentes resistirão melhor, pelos recursos naturais que têm e potencial de desenvolvimento que apresentam.

Estas são algumas das orientações possíveis de carreira, que permitem acima de tudo promover um crescimento pessoal e profissional em tempos de crise, reforçando o know-how dos nossos quadros superiores especializados. E, mais do que assegurar a “sobrevivência” no dia de hoje, este investimento e atitude serão concerteza recompensados em épocas de maior prosperidade do mercado.





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