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2009: OIT prevê ano negro

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 230 milhões de pessoas possam ficar no desemprego no mundo inteiro
04.02.2009


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Cátia Mateus
A mensagem da Organização Internacional do Trabalho é realista, e não alarmista. Enfrentamos uma crise global do emprego. Muitos governantes estão conscientes disso e já estão a actuar, mas é necessário uma acção decisiva, coordenada a nível internacional para evitar uma recessão global social”, foi com este alerta que Juan Somavia, o director-geral da OIT apresentou as conclusões do seu último relatório: Tendências Globais de Emprego para 2009. O cenário está longe de ser animador. A organização prevê que durante este ano, no mundo inteiro, cerca de 230 mil pessoas possam atingir o desemprego. Mais 50 milhões de pessoas desempregadas do que em 2007.

Em Outubro, a OIT apontava como previsão um aumento do desemprego para 2009 que não excederia os 20 milhões de trabalhadores face ao ano passado. Uma conta que, poucos meses depois, veio a revelar-se errada. Diz o relatório que, numa distribuição regional, “a taxa de desemprego das economias desenvolvidas e da União Europeia deve aumentar, podendo chegar aos 7,9%”.

É aliás nas economias mais desenvolvidas que a OIT prevê situações mais graves não só de desemprego como também ao nível da vulnerabilidade dos postos de trabalho existentes. O relatório prevê que possa registar-se um aumento significativo de trabalhadores com vínculos laborais vulneráveis. Uma realidade que pode vir a atingir cerca de 53% da população empregada.

União Europeia, Ásia Oriental e Sul da Ásia são, à luz das previsões da OIT, as regiões que concentrarão o maior número de desempregados, totalizando 126 milhões de pessoas sem emprego, numa previsão global de 230 milhões.
Para combater esta crise no emprego, a OIT apela a medidas monetárias, financeiras e fiscais que fomentem não só a promoção do emprego, como também permitam um investimento forte nos sistemas de apoio social.

Em Portugal, a taxa de desemprego atingiu os 7,9% e o número de falências e insolvências de empresas aumentou já cerca de 67%. A indústria, o comércio e a construção foram os sectores de actividade com maior taxa de mortalidade empresarial.





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