Notícias

Quanto vale a sua marca no mercado?

Quanto vale a sua marca no mercado?

O termo foi popularizado há cerca de uma década por Tom Peters, o guru da Gestão, num artigo publicado pela primeira vez na revista Fast Company (“A Brand Called You”). Desde então, o poder da “marca pessoal” e o seu papel no recrutamento não passam despercebidos ao mais inexperiente dos candidatos, nem ao mais atento dos recrutadores. Nas Tecnologias de Informação, como em qualquer outro sector, a sua marca pode abrir ou fechar portas. Já analisou a sua?

17.04.2015 | Por Cátia Mateus


  PARTILHAR



“Apesar da idade, do cargo que ocupamos ou da área de negócio em que atuamos, todos temos de compreender a importância do branding. Somos todos CEOs da nossa própria empresa: a Eu, Lda. Para atuar no mercado atual e ter sucesso, a nossa principal tarefa é ser marketeer da empresa que somos nós”. Foi este o argumento de Tom Peters que celebrizou entre profissionais empresas o conceito de “marca pessoal”, numa altura em que termos como web.20, social networking ou redes sociais online estavam ainda fora do mercado. Dez anos depois, muitas são as teorias a propósito do seu impacto na carreira.?

Se quer medir o pulso à sua personal brand (marca pessoal), basta-lhe “googlar” o seu nome. Se tem conta nas várias redes sociais, o seu perfil vai aparecer. Se foi recentemente referido em alguma publicação, se é autor de artigos científicos, membro de associações ou clubes desportivos, se foi distinguido com algum prémio ou até, se naquele dia menos bom publicou online aquele comentário ou foto que poderiam ter sido evitados, o Google vai listá-lo. Tudo isto faz parte da sua marca pessoal e está acessível para si e para o líder de recursos humanos que o vai contratar. A forma como gere esta reputação online e como promove o seu perfis profissional junto dos recrutadores e dos seus pares, é uma questão cada vez mais vital no atual contexto profissional.??

Como atrair um recrutador?
Um dos propósitos de construir (ou reconfigurar) de forma eficiente uma marca pessoal, é atrair a atenção dos recrutadores. Há múltiplas estratégias para cumprir esta finalidade (ver caixa), mas para a especialista e personal brand Rosa Vargas, “conseguir um emprego implica sempre que o candidato seja capaz de dar resposta a um problema do empregador. Ou seja, de ser a sua solução e de o saber transmitir”. É ai que entra a marca pessoal do candidato. Segundo a especialista, muitas vezes os candidatos são chamados - por via da marca pessoal que consolidaram no mercado - a desempenhar funções nas quais são efetivamente bons, mas que já não desejam continuar a exercer. Se é possível mudar a rota da sua marca pessoal e reconstruí-la? A especialista defende que sim.?

“Para construir uma boa marca pessoal, é fundamental que o candidato seja extremamente cuidadoso com o que destaca no seu currículo e no seu posicionamento online”, explica a especialista enfatizando que “o que promover de sai vai atrair aqueles que necessitam dessa competência específica, por isso é fundamental que saiba destacar de si os aspetos que lhe abrem as portas que verdadeiramente ambiciona”. A criação de uma marca pessoal eficaz não se resume assim (ao contrário do que muitos pensam) a fazer-se notar ou aparecer nas pesquisas online dos recrutadores, mas sim em destacar-se perante eles pelas pelas competências certas. “Desenvolver uma marca pessoal eficiente é um processo exigente e complexo que exige que o candidato tenha extremo cuidado para não promover de si uma imagem que não deseja”, realça. Para Rosa Vargas, há três perguntas chave que o candidato não deve perder de vista neste processo e que servirão de base para consolidar os valores da sua marca: o que é que o meu currículo diz de mim? que valor estou a oferecer às empresas a que me candidato? e, não menos importante, o que é que me faria feliz profissionalmente?

?Numa outra vertente, Sean Harry, reconhecido coach motivacional que há mais de 20 anos apoia os profissionais americanos na gestão das suas carreiras, aponta alguns aspetos que  devem orientas os profissionais na construção desta marca. Clareza na imagem que se quer transmitir (mais do que uma mensagem pode confundir os recrutadores), garantir que a mensagem da marca é consistente em todas as plataformas onde o candidato está representado, comprovar o que demonstra com números e dados e manter a sua mensagem simples e concisa são, para o especialista, regras básicas para uma personal brand de sucesso. ?

5 Regras de ouro para uma marca pessoal imbatível

Nos últimos três anos o termo "marca pessoal" passou de buzz-word a essencial em qualquer carreira. Hoje espera-se que qualquer candidato seja capaz de demonstrar as suas competências exclusivas de forma eficiente a qualquer recrutador tendo em mente que o valor de uma marca pessoal é medido em função da capacidade que o profissional tem de se tornar memorável pelo valor acrescentado que pode aportar a uma organização. Está preparado para o fazer? J.T. O'Donnell, a guru americana de gestão de carreiras, mentora da Careerealism, tem a receita certa para que consiga cumprir esta missão.?

“Se quer criar uma marca pessoal poderosa e eficaz, capaz de gerar uma boa impressão, tem de pensar nela como uma refeição. Tudo começa por bons ingredientes que são combinados de uma forma surpreendente, sem que nada seja deixado ao acaso”, explica realçando: “você pode ter comido frango mil vezes, mas a primeira vez que alguém lhe serve frango de uma forma deliciosa, apelativa e bem cuidada, é sempre memorável e, mais importante ainda, você vai querer contar a todos os seus contactos o maravilhoso prato que provou”. É exatamente isto que, explica O'Donnell, qualquer profissional deve querer na construção de uma marca pessoal. A especialista elenca cinco questões determinantes para ajudar um candidato a criar uma marca pessoal imbatível:??

1º Que problema é capaz de resolver à empresa, na função a que se candidata? Na essência, O'Donnell defende que o bom profissional tem de ser “a aspirina para as dores de cabeça da sua organização” e a sua marca pessoal deve demonstrá-lo.?

2º Que método utiliza na resolução dos problemas? Ou seja, é fundamental que clarifique a sua abordagem às dificuldades e os métodos que utiliza para resolver problemas, sejam eles básicos ou chamados “problemas-elefante”.?

3º Que analogia do quotidiano pode utilizar para fazer os outros compreenderem a dimensão do seu trabalho? Consegue explicar aquilo que faz ao mais leigo dos recrutadores? Pois a sua marca pessoal deve conseguir fazê-lo.?

4º Que provas tem de que aquilo que diz é verdade? Factos! Documente todos os seus argumentos.?

5º Qual é a sua próxima etapa? Elencar objetivos, metas, ambições e propósitos é fundamental. Não chega ser eficiente, mostrar o sucesso de feitos passados. Os recrutadores querem conhecer as suas ambições e saber onde está focado em chegar.



OUTRAS NOTÍCIAS
“O mercado reconhece o valor dos nossos profissionais”

“O mercado reconhece o valor dos nossos profissionais”


Os últimos anos foram de desafios económicos para as empresas portuguesas. Como analisa a evolução da agap2? A agap2 cresceu a ritmos bastante elevados até 2009. De ...

Les Roches promove formação intensiva

Les Roches promove formação intensiva


A Les Roches International School of Hotel Management de Marbella, realizou ontem em Lisboa um Open Day de apresentação a potenciais candidatos. O evento serviu não só para...

Calçado nacional procura profissionais

Calçado nacional procura profissionais


Portugal detém hoje algumas das mais modernas unidades fabris do mundo no sector do calçado, exportando não só tecnologia como produto a nível global. Fortunato Fred...



DEIXE O SEU COMENTÁRIO





ÚLTIMOS EMPREGOS