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Projeto de mobilidade alavanca emprego

Projeto de mobilidade alavanca emprego

Chama-se CaBuReRa e levou 10 jovens portugueses a desafiarem as suas capacidades numa experiência internacional, com o objetivo de capitalizarem novas competências e estreitar a sua ligação ao mercado laboral.

04.12.2015 | Por Cátia Mateus


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Durante quatro meses, Sara Ramos, 31 anos, psicóloga de formação, e Sara Magalhães, 25, licenciada em Ciências da Comunicação, ultrapassaram barreiras. As geográficas, as culturais, as pessoais e as profissionais. Ambas integraram o projeto de cooperação internacional CaBuReRA - Capacity Building Relay Race, que envolve entidades de vários países - entre os quais a Grécia, Itália, Jordânia, Líbano, Palestina e Afeganistão - no objetivo de promover a mobilidade de jovens profissionais e a sua capacitação de competências em áreas como a gestão de projetos e cooperação transfronteiriça, com o objetivo de potenciar a sua empregabilidade. A primeira integrou a Planning and Development Agency (PDA) no Líbano. A segunda o Al-Hayat - Center for Civil Society Development, na Jordânia. De regresso a Portugal falam do que se ganha quando se partilham experiências, boas práticas e conhecimento.

?Em quatro meses no Líbano, Sara Ramos alargou horizontes. A psicóloga que se encontrava em situação de desemprego quando abraçou o desafio CaBuReRa, está atualmente a desenvolver projetos próprios em áreas onde já trabalhou e noutras, onde a experiência além-fronteiras cimentou a vontade de fazer acontecer. Em território libanês trabalhou com jovens e mulheres, apoiando através da associação que a acolheu a luta contra a pobreza e, relembra, “ajudando alcançar um desenvolvimento económico sustentável, pela promoção da igualdade de géneros”. Conhecimento da realidade cultural, autoconfiança, flexibilidade, capacidade de resolução de conflitos, capacidade de adaptação, novas competências linguísticas ao nível básico do árabe e italiano e a criação de novos laços pessoais e profissionais fazem parte do “capital” que a experiência lhe conferiu e que não tem dúvidas de que se venha a traduzir em novas oportunidades no futuro.?

Uma convicção também partilhada por Sara Magalhães que desafiou uma cultura que não lhe era próxima na Jordânia. Sara integrou uma organização não governamental que desenvolve projetos na área dos direitos humanos, da participação civil das mulheres e dos jovens, monitorização parlamentar entre outros. O seu contributo foi, pela sua área de formação, ao nível da comunicação. “Redigi uma proposta de projeto na área da comunicação e dos media, focada na inclusão e numa participação mais ativa dos jovens jordanos na sociedade civil”, relembra acrescentando que “o que mais se ganha com uma experiência desta natureza são, sem dúvida, as competências interpessoais, interculturais e linguísticas. Ao trabalhar noutro país, numa organização local, ficamos expostos à cultura e às pessoas de lá”.

?Em Portugal, o CaBuReRa foi promovido pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), ao abrigo do European Neighbourhood and Partnership Instrument (ENPI). O projeto prolonga-se durante dois anos, apoiando 90 jovens de vários países. Rita Gonçalves, coordenadora do projeto na ANJE, explica que na fase inaugural deste programa, cuja orientação é promover oportunidades de mobilidade juvenil e formação profissionalizante, participaram seis jovens portugueses que numa segunda fase serviram de tutores de um segundo grupo de quatro elementos. ?“O projeto CaBuReRa está formatado para potenciar um conjunto de competências específicas relacionadas com o ciclo de gestão de projetos”, explica Rita Gonçalves acrescentando que “a oportunidade de colaborar com organizações ativas no domínio transnacional, com especial incidência no interface entre as nações da Europa Meridional, visa ainda proporcionar aos jovens participantes um ambiente de trabalho internacional, propício ao fortalecimento das chamadas soft-skills, bem como das suas competências linguísticas e de mediação intercultural”. ?

O último grupo de jovens participantes no CaBuReRa regressou a Portugal em agosto para integrar estágios de continuidade em empresas portuguesas. Rita Gonçalves garante que a sua integração profissional após a conclusão do estágio “está bem encaminhada” e há até casos de quem decidiu dar forma ao seu próprio projeto empresarial. Iniciativas semelhantes no campo da mobilidade deverão ganhar forma a breve prazo.



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