Notícias

Portugueses não debatem progressão na carreira

Portugueses não debatem progressão na carreira

A discussão das oportunidades de evolução na carreira, encarada como prioritária para milhares de profissionais em todo mundo, ainda não é prática corrente em Portugal. Um estudo da empresa de recrutamento Kelly Services demonstra que os profissionais portugueses são dos que menos discutem com os empregadores as suas hipóteses de progressão profissional

05.09.2014 | Por Cátia Mateus


  PARTILHAR



O número de profissionais portugueses que assumem a prática de discutir regularmente com os empregadores as suas possibilidades de evolução na carreira é reduzido, segundo o estudo conduzido anualmente pela empresa de recrutamento Kelly Services, o Kelly Global Workforce Index 2014. Menos de um terço (31%) dos profissionais inquiridos em Portugal admite ter debatido com as sua chefias o seu plano de carreira no último ano, face a uma média global de 38%. Apenas os profissionais húngaros ficam abaixo dos portugueses neste ranking, com uma média de 18%.

Afonso Carvalho, diretor-geral da Kelly Services, reconhece que “as discussões sobre oportunidades e evolução de carreira devem constituir uma parte integrante e rotineira de uma eficaz gestão de pessoas, mas frequentemente não têm lugar nas empresas”. Na base desta ausência de debate e definição de estratégia estão, segundo o especialista, factores como “a hesitação da gestão em modificar o status quo presente da organização, o receio dos profissionais em apresentar propostas que possam ser entendidas como críticas ou exigências”.

Uma opção que para o diretor da Kelly Services acaba por não se revelar certeira já que para o especialista, a maioria dos profissionais que tomaram a iniciativa de debater as suas hipóteses de progressão profissional com o seu empregador, acabou por admitir que o processo foi benéfico para potenciar a aquisição de competências. “Esta cultura de discussão e de abertura é algo que pode, obviamente, ser trabalhado e que constitui parte integrante das estratégias de gestão de recursos humanos de diversas organizações em Portugal”, explica Afonso Carvalho.

Orientado para auxiliar os colaboradores a conquistar novas aptidões e capacidades apropriadas para o próximo passo das suas carreiras, este tipo de discussão é mais visível entre os inquiridos que operam nas áreas do Marketing, Comercial e Tecnologias de Informação. Entre os profissionais portugueses que desenvolveram esta discussão com os seus empregadores, 60% concordam que ela proporcionou a oportunidade para adquirirem novas competências e em 54% dos casos ajudou mesmo a potenciar a evolução profissional.

De resto, como esclarece Afonso Carvalho, “a aquisição de novas competências surge como uma preocupação fundamental para os profissionais em Portugal, contatada pelo facto de 72% dos inquiridos confirmarem que estariam dispostos a sacrificar um salário mais elevado e a oportunidade de evolução na carreira, pela possibilidade de adquirir novas habilitações”. 



OUTRAS NOTÍCIAS
Treinar para a globalização empresarial

Treinar para a globalização empresarial


Tem início agendado para novembro e visa apoiar os alunos no desenvolvimento de estratégias mais eficazes para as negociações internacionais e para a concretizaç&ati...

TI quer atrair mulheres

TI quer atrair mulheres


Marissa Mayer será, muito provavelmente, o melhor exemplo de sucesso de uma mulher na liderança de um gigante tecnológico. Licenciada em Sistemas Simbólicos pela Universida...

Grupo AG procura ‘trainees globais’

Grupo AG procura ‘trainees globais’


O Grupo brasileiro Andrade Gutierrez (AG) tem a decorrer até amanhã as candidaturas ao seu programa de recrutamento internacional, o Trainee AG 2015. O grupo já recebeu mais de 22...



DEIXE O SEU COMENTÁRIO





ÚLTIMOS EMPREGOS