Em tempos de conjuntura agreste, são poucas as empresas que conseguem fazer crescer não só a sua conta de resultados mas também os seus recursos humanos. A Teleperformance faz parte deste grupo restrito, tendo previsto, só para este ano, o recrutamento de 1.000 novos colaboradores.
E as novas contratações naquela que foi considerada pelo terceiro ano consecutivo, a melhor empresa de “call-center” em outsourcing (pela IFE - International Faculty for Executives) vão iniciar-se já na próxima semana. “Na 2ª feira vamos começar o recrutamento para os nossos dois centros de Lisboa e o outro que temos em Setúbal. Para já, o reforço é de 55 pessoas que irão trabalhar essencialmente para os sectores da banca, seguros e telecomunicações”, adiantou João Cardoso, administrador da Teleperformance Portugal.
Daqui a pouco mais de um mês, em Maio, seguir-se-ão novos recrutamentos, desta vez para o “call-center” que a empresa abriu no ano passado na Covilhã. Para este centro, estão previstas contratações de mais 220 pessoas – também para as áreas de telecomunicações e seguros - , que irão juntar-se às 360 que já trabalham neste centro. O crescimento tem pautado a existência do grupo que iniciou as suas operações em Portugal há uma década, através da aquisição da Plurimarketing, empresa do sector. Actualmente, com uma carteira de clientes de 105 empresas e assegurando cerca de 2400 postos de trabalho, a Teleperformance Portugal facturou no ano passado 32 milhões de euros, “a maior facturação de todo o sector a nível nacional”, sublinha João Cardoso.
Uma evolução positiva que tem estado em sintonia com o reconhecimento que a organização tem vindo a receber nacional e internacionalmente. Os prémios têm-se sucedido, comprovando que o segredo do sucesso está (e mais uma vez) no enfoque dado aos trabalhadores. É que aos troféus atribuídos às competências da organização juntam-se os outros que dão conta do bom ambiente de trabalho.
Para além de galardões como o do IFE, atribuído pelo 3º ano consecutivo para o melhor “Call Center em Outsourcing”, ou do “Best Customer Experience in Financial Service”, da maior associação europeia de “call-centers” (a Contact Center Association) ou ainda da nomeação muito recente como um dos melhores “call-centers” da Europa (na iniciativa Contact Center World), a empresa tem-se destacado também na sua boa gestão de recursos humanos.
Bom lugar para se trabalhar
“A Teleperformance foi considerada o Melhor “call center” para trabalhar em Portugal, pelo Great Place to Work Institute. A nossa empresa foi ainda referenciada como uma das cinco melhores empresas para o segmento mais jovem e também para o segmento feminino”, especificou ainda João Cardoso, acrescentando que a média de idades dos trabalhadores ronda os 31 anos e as mulheres ocupam 64% no total dos trabalhadores.
“Apostamos muito na selecção das nossas pessoas. A empresa rege-se por cinco princípios onde se incluem a integridade, respeito, profissionalismo, inovação e empenho e para nós é essencial que quem aqui entra também se identifique com estes valores. A atitude é fundamental”, sublinhou ainda João Cardoso.
Dando como exemplo o centro da Covilhã, onde 36% dos colaboradores são licenciados e a esmagadora maioria tem frequência universitária ou está a terminar o 12º ano, o presidente da Teleperformance refuta a ideia que os “call-centers” são apenas recurso alternativo para quem quer apenas arranjar um rendimento-extra ao final do mês. “Todos os quadros da nossa empresa começaram como operadores de “call-center”, reforça ainda.
Evoluir rápido na carreira é também outro factor aliciante para quem trabalha neste sector, defende ainda João Cardoso. “Muitos dos 180 líderes de equipas nos nossos “call-centers” começaram como operadores há pouco mais de um ano”. Provando que a crise não tem de ser sinónimo de contenção de resultados, a Teleperformance Portugal cresceu em 2009, 29% em relação ao ano transacto e só nos primeiros dois meses de 2010, cerca de 31% comparativamente aos meses homólogos do ano anterior. A nível global, o grupo Teleperformance marca presença em 47 países em todo o mundo, gerindo 270 centros e 102 mil trabalhadores e produzindo um volume de negócios fixado em 2,700 biliões de dólares.