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O bê-à-bá da educação financeira para crianças

O bê-à-bá da educação financeira para crianças

Margarida Madeira e Sónia Ramalho colocaram no mercado o projeto “É Tempo” que promete ensinar as famílias a poupar.
29.09.2011 | Por Cátia Mateus


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Per ante a atual conjuntura, a maioria das famílias portuguesas deixaram de poupar e têm sérias dificuldades em gerir o seu orçamento familiar de uma forma inteligente e planeada. Foi exatamente este o cenário que motivou as empreendedoras Margarida Madeira e Sónia Ramalho, a aspirar a uma pequena revolução na área da educação financeira. Há quatro anos, a equipa colocou de pé o projeto “É Tempo”, com o objetivo de combater a iliteracia financeira das famílias portuguesas, a começar pelas suas crianças e jovens.

Margarida Madeira e Sónia Ramalho abordam a gestão do orçamento familiar como uma responsabilidade global, em que todos os elementos da família devem estar envolvidos. E foi partindo deste princípio que a equipa estruturou o projeto “É Tempo” e a sua atividade. Na essência, a empresa que lideram e que já assegura emprego a quatro colaboradores (sendo de esperar novos recrutamentos na área da educação e e psicologia), presta serviços de consultoria financeira a pessoas individuais, com a missão de ajudar as famílias portuguesas a equilibrarem o seu orçamento e a terem uma relação mais saudável com o dinheiro, mudando hábitos e atitudes instaladas.

E as crianças são o primeiro nível desta intervenção. “Em conjunto com uma equipa de profissionais da área de educação e psicologia, foram reunidas competências diversas e pluridisciplinares que se cruzam neste projeto, com a meta de revolucionar a educação financeira de crianças e jovens em Portugal, dando um contributo importante para mudar os comportamentos face ao dinheiro de toda uma geração”, explicam as empreendedoras acrescentando que “a missão desta plataforma é que de futuro as crianças e os jovens portugueses saibam consumir com inteligência, programar despesas e poupanças e compreender melhor a sua realidade, aproveitando-a”. Trata-se de levar as camadas mais jovens da população a ter um olhar sobre a sua própria realidade, trabalhando valores como a responsabilidade, decisão autonomia e superação das desigualdades.

Dos seis aos 18 anos

Com um público-alvo, claramente orientado para os jovens dos seis aos 18 anos, o projeto “É Tempo” não deixa de foram nenhum dos elementos do agregado familiar. Para já o projeto desenvolve-se em estabelecimentos de ensino, quer inserido nos currículos quer explorado na vertente extracurricular. Mas a equipa realiza também workshops para as famílias.

Para as empreendedoras “é fundamental que o dinheiro passe a ser encarado como um recurso finito para que o sobre-endividamento seja controlado. O problema das famílias não está em não saber o que é poupar, mas sim em não saber como fazê-lo”. E aqui que reside o segredo do sucesso deste projeto e as perspetivas de evolução futura. Apesar de ter sido criado num cenário de adversidade, as empreendedoras não duvidam do potencial de expansão do seu projeto.

BI Empresarial

Promotores:
Margarida Madeira, 40 anos
Sónia Ramalho, 35 anos
Formação:
Licenciadas em Gestão de Empresas.
Área de atividade:
O projeto “É Tempo” opera na área da literacia e educação financeira para crianças e jovens.
Data da criação:
2007. A empresa surge em pleno contexto de adversidade financeira, quando as duas empreendedoras decidem juntar-se e criar o seu próprio negócio dando forma a uma empresa de consultoria financeira, onde prestam aconselhamento a famílias com o objetivo de as ajudar nas suas decisões financeiras e a equilibrar os seus orçamentos. Além deste projeto é tempo, vocacionado para um público dos 6 aos 18 anos, as empreendedoras promovem também workshops familiares onde se abordam questões como a gestão do orçamento como uma responsabilidade de toda a estrutura familiar e onde todos devem estar envolvidos.
Empregos criados:
Quatro, mas deverão ser criados mais na área da educação e psicologia.
Principais Clientes:
Crianças, jovens e também famílias, numa abordagem mais abrangente da atividade das empreendedoras.
Financiamento:
A empresa foi criada ao abrigo do programa de estímulo à oferta de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Estratégia de gestão diária:
“Não parar diariamente de nos questionarmos, a nós e às nossas decisões, de uma forma construtiva”.


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