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Jovens portugueses estão mais exigentes na escolha do curso

Jovens portugueses estão mais exigentes na escolha do curso

As necessidades das empresas e do mercado de trabalho são o principal critério na escolha de um curso superior para 73% dos jovens portugueses. Nos países iberoamericanos este critério só é relevante para 30% dos jovens. A conclusão é de um estudo realizado pela rede Universia.

15.07.2016 | Por Cátia Mateus


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A empregabilidade é cada vez mais determinante para os jovens portugueses na altura de decidir o seu futuro. Num país que figura entre os Estados europeus com maior taxa de desemprego jovem, a decisão informada tornou-se fundamental e as novas gerações estão cada vez mais ponderadas nas suas escolhas de carreira. Um estudo conjunto da rede Universia e da comunidade de emprego Trabalhando.com sobre as profissões com futuro mais promissor comprova-o: para 73% dos jovens portugueses, a empregabilidade e as necessidades do mercado laboral já é o principal critério na escolha da carreira e da formação. Para Bernardo Sá Nogueira, diretor-geral do Universia e da comunidade Trabalhando.com, este enfoque espelha a preocupação dos estudantes portugueses com o seu futuro profissional.

Durante o mês de junho, a rede ibero-americana Universia e a comunidade Trabalhando.com inquiriram 4.621 jovens, 635 dos quais portugueses, em 10 países ibero-americanos, com o objetivo de apurar quais as profissões que os jovens consideram ter mais futuro. Em Portugal, 27% dos inquiridos frequentavam cursos na áreas das Ciências Exatas e 25% na área da Gestão e Administração de Empresas. É aqui que se torna visível a primeira grande diferença de opções entre os jovens portugueses e os seus congéneres de outros países. Os dados globais do estudo relativos aos restante nove países, demonstram que apenas 16% dos jovens optam por carreiras e formação ligadas às Ciências Exatas. Uma média muito inferior à apurada em Portugal onde inúmeros estudos ainda apontam para um número insuficiente de jovens nas áreas das Engenharias e Matemáticas.

Áreas como as Ciências Sociais (18%), o Desporto (14%) e a Saúde (9%) figuram também entre a lista de preferências dos jovens portugueses. O estudo conclui que “cerca de 75% dos jovens portugueses acreditam que vão ter uma profissão valorizada no futuro”, reconhecendo que as profissões STEM (ciências, tecnologias, matemáticas e engenharias) serão as mais necessárias e, consequentemente, aquelas que assegurarão maiores oportunidades de trabalho e progressão profissional. São 57% os portugueses inquiridos neste estudo, cuja formação se enquadra nesta área. A análise dos dados nacionais revela que jovens estudantes apontam como profissões emergentes os mobile developers (8%), digital marketing managers, especialistas em desenvolvimento de software, responsáveis de SEO e robótica (7%), programadores web 2.0 (6%), enfermeiros (5%), auditores web, consultores e engenheiros eletrotécnicos (4%).

A análise da fundamentação das escolhas profissionais dos jovens também revela dados aspetos relevantes. “Em alinhamento com o inquérito anterior, 73% dos jovens portugueses teve em conta as necessidades do mercado de trabalho na escolha da sua área de estudo”, revela a Universia reforçando que este valor “desce consideravelmente a nível global, para os 30”. O interesse pela área de conhecimento só é relevante para 20% dos jovens portugueses, contrariamente ao apurado a nível global onde este é o principal requisito na escolha da carreira e da formação para 58% dos jovens inquiridos. Segundo o estudo, as possibilidades económicas e a influência familiar só forma determinantes na escolha de 7 e 1% dos jovens, respetivamente.

Para Bernardo Sá Nogueira, diretor-geral do Universia e da comunidade Trabalhando.com, estes dados revelam que “os estudantes, no caso de Portugal, estão muito preocupados com o seu futuro profissional, mas estão animados face ao mesmo”. Segundo o diretor, denota-se uma clara preocupação com a durabilidade da vida profissional entre os jovens portugueses. “A aposta em áreas técnicas e sociais, e a escolha de áreas diretamente ligadas à Saúde, revela que os portugueses acompanham as tendências gerais das profissões do futuro”, conclui o estudo.



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