O mercado segue dinâmico para os profissionais especializados na área das Tecnologias de Informação. Na mesma semana em que a Amazon anuncia uma mega operação recrutamento global, que pode beneficiar portugueses, de seis mil profissionais para a sua operação na Polónia, a tecnológia de capitais brasileiros Gio Libertà Europa dá conta de um investimento de um milhão de euros em Portugal, país onde decidiu criar a sua sede mundial. No primeiro ano de atividade da empresa em solo nacional, serão criados 50 novos postos de trabalho diretos. Um número que aumentará dentro de dois anos, altura em que está previsto novo investimento da empresa em Portugal, no valor de mais quatro milhões de euros.
Em Portugal, a tecnológica de corpos sociais e capitais de nacionalidade brasileiros vai operar com a designação de LibertàGlà. Os seus produtos e serviços serão comercializados online e o primeiro será o “Live in a Box”, uma plataforma que irá permitir aos utilizadores acederem a toda a sua vida online a partir de um único lugar. Segundo Gilberto Lima, chefe oficial de operações da Gio Libertà Europa, “estamos a trabalhar neste projeto há mais de um ano”. O responsável enfatiza ainda que viajou por todo o mundo e escolheu Lisboa para ser o coração de um projeto que, acredita, “vai mudar o mundo”.
Tendo como meta o sucesso em solo nacional, Gilberto Lima destaca o potencial de criação de emprego que a nova sede do grupo representará em Portugal. Na fase de arranque estão previstos 50 empregos diretos, mas a marca não vai ficar por aqui, já que a criação de uma sede mundial em Lisboa, viabilizará novas contratações a médio prazo.
A aposta da Gio Libertà Europa em Portugal segue a mesma linha de outras empresas estrangeiras que decidiram criar operações em solo nacional ou recrutar no país os perfis qualificados necessários ao seu negócio. O sector das Tecnologias de Informação continua a ser o mais dinâmico em matéria de recrutamento, no atual contexto económico, e há muito que não restam dúvidas que os profissionais portugueses estão na mira das tecnológicas de todo o mundo.
O recente anúncio da Amazon é disso um exemplo. A empresa tem estado a recrutar profissionais de várias nacionalidades ara as várias geografias onde está presente. Depois de contratar milhares de funcionários para a China, Estados Unidos e Canadá, prepara-se para recrutar em todo o mundo perfis que queiram preencher as seis mil vagas disponíveis na Polónia, em Wroclaw e Pozdan.
De resto, a contratação global é uma das características das empresas tecnológicas onde o mercado não conhece limites geográficos e o talento não tem nacionalidade. A Apple demonstra-o. O gigante tecnológico tem 1500 vagas para preencher e convida os melhores profissionais das tecnologias de informação a integrarem a empresa, seja qual for a sua nacionalidade. Só para Engenheiros de Software há 632 vagas. Na área de Operações as oportunidades são 314 e no sector das Tecnologias de Informação, 201. Numa só semana a empresa abriu 800 oportunidades de emprego. O mundo é o limite quando a meta é contratar os melhores. Para além do inglês que é requisito base para qualquer função na empresa, a tecnológica procura especificamente perfis com domínio do português (27 oportunidades), italiano (25), japonês (67) , francês (59) e outros idiomas.