Está em marcha o INOVA BIZ 2010, um inovador desafio de empreendedorismo e inovação especificamente pensado para o universo de alunos das Talent Universities do Instituto de Administração de Marketing (IPAM) e do Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE). A iniciativa que arranca este ano pela primeira vez, é promovida pela Ensivest, holding que detém ambas as instituições, e para Caetano Alves, presidente do Conselho de Administração da empresa, o INOVA BIZ é bem mais do que um concurso de ideias já que para além da viabilidade económica dos projecto há um grande enfoque no talento real dos seus promotores.
Num momento marcado pela crise económica e pelo aumento sucessivo da taxa de desemprego, que se cifra já nos 10,8% em território nacional, cabe às instituições de ensino repensarem o seu papel no que toca ao estreitar de relações entre o meio académico e empresarial, apoiando os seus alunos na difícil etapa de inserção no mercado laboral. É para cumprir este objectivo, alargando o leque de opção ao empreendedorismo, que a Ensivest viabilizou a realização do INOVA BIZ 2010 nas suas Talent Universities. A iniciativa direcciona-se a todos os alunos do IPAM e do IADE, e também aos ex-alunos que tenham concluído a sua licenciatura até há dois anos – período que para Caetano Alves “é considerado o tempo máximo viável de espera para que consigam emprego na área em que se formaram” – e tem várias missões distintas.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Ensivest, “INOVA BIZ quer, desde logo, estudar a forma como os alunos e docentes das nossas universidades encaram projectos relacionados com empreendedorismo e de que forma podemos nós criar as plataformas necessárias para apoiar os empreendedores das Talent Universities”. Paralelamente, esclarece, “este projecto visa, numa fase posterior, contribuir para que num prazo de cinco anos, entre três e cinco por cento dos finalistas das licenciaturas do IPAM e do IADE estejam, directa ou indirectamente, envolvidos profissionalmente com empresas constituídas no âmbito deste desafio”.
Segundo da Ensivest, “actualmente, 86% dos alunos destas duas Talent Universities são trabalhadores dependentes na área em que se formam (Marketing, Publicidade e Design)”. Com este projecto, a holding estima que “deste universo de 86%, mais de 10% possa vir a tornar-se empreendedor e liderar o seu próprio negócio”. Mas o INOVA BIZ tem características que o distinguem, segundo a sua organização, de um mero concurso de ideias de negócio. Aqui, ao contrário do que é habitual a grande primazia vai para as aptidões e o talento dos promotores e “a aplicação prática da ideia vencedora, independentemente do montante do investimento, será assegurada pela organização do desafio”.
Diz Caetano Alves que “estou absolutamente convicto de que não faltam em Portugal nem grandes ideias de negócio, nem disponibilidade de capital para investir em novos projectos. O que acredito que exista é uma grande dificuldade em encontrar as pessoas certas para liderar essas grandes ideias”. Dai que para o responsável, a grande mais-valia deste programa seja “estar a desenvolver um modelo de avaliação das características e aptidões dos autores das ideias para que existam garantias mínimas de qualidade dos promotores premiados” Constituído por quatro etapas de selecção, o INOVA BIZ exige que os promotores candidatos sejam capazes de desenvolver um projecto de negócio viável, mas acima de tudo que possuam as características ideais para o liderarem.
“Um negócio na sua fase de arranque, para ter sucesso, está directamente dependente do seu líder. Teoricamente, todos somos capazes de idealizar um projecto bem sucedido, no entanto, poderemos não ter o talento necessário para o liderar”, explica Caetano Alves. Mas esta primazia dada ao talento do promotor, não significa que a viabilidade financeira do projecto seja delegada para segundo plano. Muito pelo contrário. “O júri que avalia e determina o vencedor é composto por indivíduos directamente ligados a sociedades de capital de risco e instituições bancárias, garantindo por isso que apenas um projecto economicamente viável sairá, naturalmente, vencedor”, enfatiza.
Em jogo estão 2500 euros de prémio para a constituição do capital social da empresa e a garantia do financiamento do projecto no âmbito do FCR InovCapital – Finicia. Os candidatos deverão entregar os seus projectos e plano de negócios até 9 de Julho e, de acordo com o responsável, “ao contrário do que é habitual neste tipo de programas, não obrigamos os candidatos a desenvolverem o seu plano de negócios segundo modelos pré-estabelecidos”. Tudo o que os potenciais promotores terão de fazer é a partir de uma folha de cálculo – idêntica a todos os projectos e pensada para avaliar a viabilidade económica e financeira dos projectos – explicar de forma livre e criativa os pressupostos do seu negócio e as características do mesmo. Ou não valorizasse o INOVA BIZ factores como a criatividade, a capacidade de liderança e a inovação.
A “batalha final” deste evento terá lugar no edifício do IPAM de Aveiro, a 19 de Julho. Um dia decisivo para os candidatos. “Durante o período da manha, os melhores promotores do ano terão de expor os seus projectos na Feira do Empreendedor Talent, onde irão ser determinados os cinco melhores projectos. Durante a tarde, os promotores das cinco ideias finalistas defenderão, em sessões de 45 minutos, o seu negócio e o seu talento perante um júri multidisciplinar”, explica Caetano Alves. O grande vencedor será anunciado ao final do dia, altura em que será simultaneamente lançado o livro “Talent and Biz”, onde surgem compilados os 10 melhores trabalhos a concurso. Uma ferramenta útil que chegará em formato de livro a inúmeras sociedades de capital de risco e investidores privados. Uma outra forma de levar mais longe o talento destes empreendedores e de promover a sua integração no mercado de trabalho pela via da iniciativa empresarial.