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IEFP e Universidade de Évora juntam forças

01.10.2004


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Fernanda Pedro

O INSTITUTO do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Universidade de Évora acabaram de estabelecer um protocolo que visa estreitar relações no âmbito da cooperação. Através deste protocolo irão apoiar e potenciar o apoio às empresas do sector da electromecânica e electrónica da região.


Pela primeira vez, o IEFP irá ministrar um curso de especialização tecnológica (nível IV) que tem equivalência à frequência de disciplinas de um curso do ensino universitário. Francisco Lopes Figueira, delegado regional do Alentejo do IEFP explica que além do certificado profissional que o curso confere, os alunos que terminem a formação terão automaticamente equivalência a 24 unidades de crédito (ECTS) referentes a disciplinas da licenciatura em Engenharia Mecatrónica da Universidade de Évora. São elas: Introdução à engenharia Mecatrónica (dois ECTS), introdução ao projecto mecânico (cinco ECTS), tecnologia mecânica (cinco ECTS), instrumentação (seis ECTS), sensores e actuadores industriais (seis ECTS). «A Universidade de Évora comprova assim e acredita as disciplinas realizadas pelos formandos do curso do IEFP», refere o responsável.

Na realidade, a área da Mecatrónica é muito importante na região, devido às inúmeras empresas que actuam nesta área. «Daí a necessidade da sincronização e conjugação de esforços entre infra-estruturas complementares, no sentido de apoiar a indústria de componentes e peças electromecânicos e electrónicos existentes em Évora. O IEFP e a Universidade de Évora entenderam que seria fundamental estreitar relações entre si para promover uma relação mais estreita com o meio empresarial local», salienta Lopes Figueira.

Para o delegado regional do IEFP, a crescente procura de mão-de-obra qualificada justifica um curso com esta acreditação. A Tyco Electronics, empresa de componentes electromecânicos, com sede em Évora, dedica-se à fabricação de componentes para a indústria automóvel, tendo como clientes as principais marcas dominantes do mercado, e é um dos potenciais angariadores destes formandos. Também a Epcos, empresa de peças e componentes electrónicos com sede na cidade alentejana, é outra das entidades empregadoras com grande interesse nestes trabalhadores.

«Estas empresas precisam sempre de técnicos especializados. É por isso que os alunos que acabam este curso têm 100% de empregabilidade nas empresas da região», admite Lopes Figueira.

Assim, para frequentar este curso de especialização tecnológica (nível IV), tem de ter o 12º ano de escolaridade e se no final do curso pretenderem ainda continuar os estudos superiores pode avançar já que terá a equivalência a algumas disciplinas. Desta forma, o IEFP e a Universidade de Évora, no âmbito das suas actividades próprias, poderão promover e desenvolver acções de formação pós-secundárias de especialização tecnológica de nível IV, com itinerário de electrónica industrial, automação e controlo visando a saída profissional de técnico especialista de electrónica industrial, automação e controlo.






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