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Há 34M€ para investir em negócios com potencial

Portugal acolhe de 19 a 23 de novembro a 6ª Semana Nacional de Business Angels. A meta é detetar e apoiar negócios com potencial.
15.11.2012 | Por Cátia Mateus


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A Federação Nacional de Business Angels (FNABA) vai organizar já este mês a sexta edição da Semana Nacional de Business Angels (SNBA). O evento que decorre de 19 a 23 de novembro, vai dividir-se por várias cidades do país com um único objetivo: aproximar os empreendedores nacionais e os seus projetos inovadores dos investidores. A 6ª SNBA combina a iniciativa das diferentes redes de Business Angels que constituem a FNABA com o apoio institucional do IAPMEI, do Programa Estratégico para o Empreendedorismo e a Inovação, da Caixa Capital e do Programa COMPETE e para Francisco Banha, presidente da direção da FNABA, “a sua realização é fundamental para que se continuem a obter bons resultados na implementação do Fundo de co-investimento promovido pelo Programa COMPETE em parceria com Business Angels de todo o país, em especial quando o mesmo entra no seu último ano de investimento”. Este fundo, um case study europeu que tem despertado o interesse de Business Angels e Governos de outros países, permitiu entre 2011 e 2012 o investimento em 56 empresas reservando ainda 34M€ para investimentos até 2013. 34M€ que se podem traduzir em oportunidades reais de financiamento para muitas empresas portuguesas, numa altura em que a economia nacional vive um momento critico e onde os Business Angels poderão ter um papel vital na dinamização do ecossistema empreendedor nacional. Papel esse que para Francisco Banha não se resume ao financiamento, mas também ao mentoring inspiracional dos empreendedores portugueses. Segundo o líder da FNABA, “Portugal precisa urgentemente de estímulos ao crescimento e de assistir a exemplos positivos que contrariem a tendência depressiva. A 6ª Semana Nacional de Business Angels pretende essencialmente colmatar essas duas necessidades, por um lado incentivando os atuais e potenciais Business Angels a serem agentes ativos dessa mudança e por outro apresentando ao país os empreendedores que continuam a acreditar que este é, apesar de todos os obstáculos conhecidos, o momento apropriado para criarem as suas empresas”. A estes, a 6ª SNBA juntará os que já investiram e já empreenderam em projetos e que serão durante a semana apresentados à sociedade civil. O evento passará por Coimbra, Covilhã, Évora, Guimarães, Lisboa/Cascais, Marinha Grande, Portimão, Santarém e Viseu, encerrando no Porto - no dia 23 - com a realização do 2º Congresso Nacional de Business Angels, que visa reunir business angels, representantes de redes de business angels e das suas entidades e instituições parceiras, para a discussão de boas práticas e de medidas necessárias à melhoria contínua da promoção e operacionalização da actividade dos business angels. O impacto dos business angels na economia é realçado por Francisco Banha que relembra que “Portugal precisa seguir os passos dados no Reino Unido pelo Primeiro-ministro David Cameron, não apenas pelas medidas concretas de apoio ao investimento mas sobretudo pela responsabilidade atribuída aos BA quando os qualificou da «mais importante fonte de financiamento para startups e empresas em fases emergentes» ”. Os BA procuram sobretudo negócios de elevado potencial de valorização e que possam ser escaláveis a nível internacional. “Normalmente este tipo de projetos estão habitualmente associados a negócios que envolvem tecnologia, patentes, e a sectores de atividade nos quais existem grandes players que podem ter interesse em comprar o negócio mais tarde, entre outras características”, explica Francisco Banha adiantando que “neste momento e só como indicador, pois nunca sabemos qual o próximo negócio que é capaz de atrair os investidores, os negócios que estão a captar o interesse dos investidores situam-se na área dos dispositivos médicos, educação, energias renováveis e como não podia deixar de ser na área da Internet”. Mas segundo o especialista, convém não esquecer que “apesar do empenho dos empreendedores e dos investidores menos de 50% dos investimentos se traduzem em retorno positivo para os investidores e por isso, como estamos a falar de margens de risco elevadas, temos de assumir sempre um potencial de valorização também elevado”.


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