São atualmente 134 os profissionais altamente qualificados que dão forma e talento à equipa da Growin, uma tecnológica portuguesa, nascida em 2015 e que é já apontada como um dos casos de sucesso nacionais. Em quase um ano e meio de existência, a empresa criou 95 postos de trabalho qualificados, alcançou uma faturação que nem tinha previsto na fase inicial de atividade - €2 milhões – e posicionou-se entre as melhores empresas para trabalhar em Portugal, no ranking anual do Great Place to Work. Sónia Jerónimo reconhece que tantas conquistas em tão pouco tempo colocam a fasquia da empresa num patamar elevado, mas assegura que a cultura organizacional da empresa e a solidez da relação que esta tem com os seus profissionais e clientes, permite abraçar com otimismo todos os desafios e metas. E as deste ano são ambiciosas: fechar 2016 com uma equipa de 160 profissionais, lançar uma nova unidade de negócio e conquistar mercado.
Desde o início do ano até agora, Sónia Jerónimo já integrou 30 profissionais na sua equipa. Outros 30 deverão chegar antes do final do ano. Mantendo o padrão e o perfil dos 95 profissionais que a empresa contratou no primeiro ano de atividade, os novos profissionais a contratar serão, sobretudo, perfis ligados às áreas técnicas e funcionais, “as que absorvem o maior número de contratações, pela necessidade de endereçar mais de 100 projetos que temos a decorrer”, explica a CEO que não coloca de lado a possibilidade de vir a ultrapassar este ano as 160 contratações inicialmente previstas, apesar de reconhecer que atrair talento já foi mais fácil: “o mercado está bastante competitivo”.
A gestora conta, porém, com aliados de peso no processo de identificação de talento para a organização. É que 50% dos profissionais contratados em 2015 - para funções diversas, ora relacionadas com backoffice (marketing, área financeira, administrativos, gestão de talentos e recrutamento e gestão de empresas), ora relacionadas com a área de consultoria (analistas funcionais, gestores de projetos, team leaders e consultores das mais variadas áreas técnicas, como Outsystems, Java, Mobilem Big Data, Microsoft e Oracle) – terem resultado de referências internas de outros colaboradores da empresa. Uma estratégia de identificação de talento que para Sónia Jerónimo só é possível pela sólida cultura organizacional da empresa e pela capacidade de ligação emocional dos profissionais à empresa que a Growin foi capaz de cimentar no último ano e meio.
Recrutamento contínuo
Com um modelo de contratação baseado na cultura e na filosofia da organização, a Growin recruta continuamente ao longo de todo o ano. “Mais do que contratar para um projeto ou cliente em específico, ou numa tecnologia em particular, primamos pela capacidade de o novo colaborador sentir que faz parte de objetivo maior e de uma organização como a nossa”, explica a CEO acrescentando que “o alinhamento de valores do novo colaborador com os da empresa são fundamentais no processo”. Desta política resulta que a empresa contrate muitas vezes um perfil para a área mais técnica ou de consultoria, quando o projeto ou o cliente onde vai ser integrado ainda está em aberto.
“Este modelo tem-nos permitido recrutar, transformar e reter colaboradores, a partir de uma forte cultura organizacional em que o novo colaborador sabe que o seu maior projeto é a Growin, depois, terá mais de 60 clientes onde poderá escolher o âmbito do seu projeto e as tecnologias que envolve”, realça. Desde que foi criada a empresa destacou-se pela sua capacidade em atrair profissionais com competências sólidas e espírito empreendedor, em parte devido à sua aposta em tornar-se uma employer brand de excelência e posicionando-se no mercado como “uma empresa de relações e não de transações, com uma mentalidade e um cultura muito próprias, capazes de estimular o envolvimento emocional e o talento de cada profissional nos projetos onde trabalha”.
É com estes argumentos que Sónia Jerónimo espera agora atrair talento para a nova unidade de negócio da empresa. Estimular a inovação A Growin Innovation posiciona-se no mercado como uma startup de Human Center Design que nasce para endereçar os desafios dos clientes da empresa na área da transformação digital (digital transformation). A unidade arranca com uma equipa de seis profissionais e estará focada em oferecer soluções digitais às marcas com base numa metodologias de desgin thinkin. “Na Growin Innovation ajudaremos as organizações a transformarem-se e a serem disruptivas, testando novos conceitos e ideias, mas sempre dedicados a responder às necessidades das pessoas, porque incorporamos os clientes e os colaboradores nos processos de decisão que, por sua vez, vão determinar a oferta de produtos e serviços”, explica.
Segundo a CEO da Growin, “este conceito de service design “é inovador no mercado nacional, mas nos mercados nórdicos é um conceito que faz parte da estratégia das grandes instituições, sejam elas privadas ou públicas”. Sónia Jerónimo reafirma a ambição da empresa em estar à frente do mercado e diz estar a potenciar esta área com parcerias internacionais, em especial em Inglaterra, “um mercado muito mais maduro nestas matérias e já com provas dadas”. Além destas parcerias, a Growin vai também reforçar a equipa associada à nova unidade de negócio. “Procuramos essencialmente perfis ligados às competências de design thinking, service design, creative copy, Ui/UX designers, visual designers, front-end developers e mobile (iOS e Android)”, explica ao mesmo tempo que realça que a empresa procura acima de tudo “pessoas disruptivas e que gostem de ser desafiadas constantemente e que saiam da sua zona de conforto diariamente”.
“Temos como objetivo em 2016 chegar aos 160 colaboradores”
Sónia Jerónimo, diretora executiva da Growin, prepara-se para superar os planos de contratação da empresa previstos para este ano. A tecnológica portuguesa contratou já 30 novos profissionais e até ao final do ano deverá atrair para a sua estrutura outros 30 talentos. A maioria das contratações acontecem por recomendações internas de outros funcionários. Uma estratégia de contratação que para a líder só é possível em empresas com uma employer brand muito sólida.
Que balanço faz da evolução da Growin neste último ano e meio?
O balanço de quase um ano e meio desde a criação da Growin é muito positivo. Não só pelo crescimento atingido e até ultrapassado face ao plano de negócios inicial, faturando €2 milhões, mas sobretudo porque construímos uma employer brand no mercado nacional, com uma cultura organizacional diferente, forte e muito sólida. Construímos desde o primeiro momento, uma empresa com raízes fortes e elevado sentido de pertença de cada um dos nossos colaboradores. A empresa foi, de resto, considerada uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal pela Great Place to Work. O que distingue a Growin de outras empresas similares? Aquilo que nos distingue das demais é, efetivamente, termos conseguido criar em pouco mais de um ano, uma employer brand. Construímos uma empresa com uma cultura organizacional forte, assente em valores que são o pilar da nossa marca e que guiam as decisões no dia-a-dia- de todos os nossos colaboradores.
Que tipo de valores?
Valores como a participação e envolvimento, o estimulo da liderança construtiva, a criação de novas ideias e soluções, o respeito por todos, o feedback constante e real, e nos dois sentidos, assim como canais de comunicação diretos à direção. Toda esta capacidade de criar um espaço de todos e para todos, gerou uma ligação emocional natural à organização e à sua gestão, de tal forma, que mais de 50% dos colaboradores contratados em 2015 foram provenientes de referências internas de outros colaboradores. Quando os colaboradores fazem isto de forma natural e genuína, o que precisamos mais? Eles são o melhor e mais poderoso veículo para levar a Growin ao mercado. A isso se deve a nossa distinção como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal, que no fundo foi atribuída pelos nossos profissionais que sentem orgulho de trabalhar na Growin e querem trazer os seus amigos e familiares para trabalhar connosco.
Quantos profissionais emprega atualmente a empresa?
Atualmente, 134 trabalhadores.
Quais as perspetivas de contratação para este ano?
Temos como objetivo em 2016 chegar aos 160 colaboradores. Trinta foram já contratados e até ao final do ano contrataremos mais 30 novos colaboradores, podendo assim ultrapassar o nosso plano inicial para 2016. Estamos muito cautelosos face ao mercado de trabalho que está bastante competitivo. Temos de ser realistas e transparentes face ao que efetivamente o mercado de trabalho pode gerar nesta fase.