Governo quer novo modelo de clusters
O Governo está de olhos postos nos mercados internacionais e Carlos Oliveira, o secretário de Estado do Empreendedorismo garante que o Executivo não poupará esforços para ajudar as empresas portuguesas a conquistarem novos mercados. Para já a prioridade é aumentar a eficiência dos clusters e pólos de competitividade nacionais.
22.12.2011 | Por Cátia Mateus

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O Governo anunciou para o início de 2012 o Plano Nacional do Empreendedorismo mas esta semana Carlos Oliveira, o secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação levantou o véu e anunciou que o Governo tem também previstas novas ferramentas para aumentar a eficiência coletiva e a capacidade de inovação e internacionalização dos clusters e pólos de competitividade nacionais.
No decorrer da sessão anual de apresentação de resultados do Compete, que decorreu no Porto sob o lema “Competitividade e Internacionalização - Pólos de Competitividade e Clusters”, Carlos Oliveira enfatizou a intenção do Executivo de apostar na internacionalização das empresas e clusters nacionais de maior valor, referindo a crescente inovação das empresas nacionais. “O Governo acredita que temos de nos focar mais nos resultados e no impacto económico”, adiantou o secretário de Estado enfatizando que “o objetivo do Governo é que a política dos pólos de competitividade esteja mais orientada para a internacionalização de forma a que estas estruturas se assumam como aceleradores do processo de inovação da economia nacional”.
Refere Carlos Oliveira que “o futuro da economia nacional tem de estar sustentado na inovação, na cooperação e no estabelecimento de parcerias e configuração de pólos e clusters é a solução para uma maior competitividade nos mercados internacionais”. O secretário de Estado reconheceu que o tecido empresarial nacional é ainda dominado por Pequenas e Médias Empresas (PME) sem a massa crítica necessária para caminharem rumo à internacionalização. Mas acrescentou que é por isso necessário o crescente reforço da ligação das PME às grandes empresas num regime de colaboração, quer ao nível da internacionalização, quer pelo abastecimento das grandes empresas com produtos fabricados pelas PME nacionais.
Internacionalização sustentada
Carlos Oliveira reconhece a importância que o Executivo dá internacionalização e às várias dinâmicas de apoio à aposta em mercados globais e adiantou ainda que está a ser preparado um plano que ajudará as empresas a capacitarem-se em Portugal antes da internacionalização. O objetivo é que o passo em frente seja apenas dado depois das organizações estarem devidamente preparadas para se lançar noutros mercados, evitando assim as possibilidades de fracasso no exterior.
A crise, diz Carlos Oliveira, não está a limitar os passos do Governo nesta matéria já que “apesar da conjuntura, estamos empenhados em todos os fatores que possam conduzir a uma maior competitividade das nossas empresas”. O modelo de clusters e pólos a desenvolver deixará, segundo Carlos Oliveira, de estar orientado para a subsidiodependência para se focar na eficiência e na internacionalização. “Os pólos de competitividade têm de ser orientados para os resultados e para a criação de valor para o país e não para a subsidiodependência”, refere Carlos Oliveira adiantando que “essa é uma alteração de paradigma que vai ocorrer, independentemente da avaliação concreta de funcionamento dos pólos que agora será feita”.
O Governo anunciou ainda que vai fundir as várias sociedades de capital de risco numa entidade gestora, focada nas falhas de mercado e em áreas estratégicas, assumindo a vontade de potenciar uma indústria de capital de risco privado.
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