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Gestão local, equipas globais

Gestão local, equipas globais

A gestão de equipas em contextos globais é para muitas empresas um dos fatores mais críticos para o sucesso de um processo de internacionalização. A tecnologia pode ser um facilitador do processo, mas para internacionalizar com êxito é há estratégias que não podem ser deixadas ao acaso.

17.07.2015 | Por Cátia Mateus


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Visão global, equipas locais e tecnologia. Para os especialistas da Meta4, a empresa tecnológica que se dedica ao desenvolvimento de aplicações de gestão de recursos humanos operacionalizadas a partir de tecnologia cloud, estas três parcelas são relevantes mas há outras que têm com igual peso na equação do sucesso. Segundo a empresa, “contar com um sistema tecnológico de recursos humanos global e único permite consolidar os dados e, como consequência, otimizar os custos e reduzir o tempo gasto nas tarefas mais administrativas de forma a concentrarmo-nos nas operações estratégicas da companhia”. O sistema pode fazer a diferença, sobretudo se for implementado em conjunto com uma estratégia de RH assente na proximidade entre líderes e equipas.

“Ter uma visão global do projeto, contar com o envolvimento das equipas locais e utilizar soluções cloud estão entre os principais requisitos para levar a cabo com êxito um projeto de internacionalização de Recursos Humanos”, explica a empresa num estudo onde elenca os dez aspetos que podem ditar o sucesso ou o fracasso de uma missão de internacionalização empresarial. Para os especialistas da empresa, num processo de internacionalização, é fundamental que o líder da empresa “seja capaz de responder às necessidades globais, às distintas exigências locais, a estratégias diretivas diferentes e a modos de trabalhar díspares”.

Consegui-lo pode passar por dez estratégias de ouro: “uma visão estratégica orientada pela liderança da empresa, uma equipa dedicada ao projeto, o envolvimento de equipas locais, uma visão global, construir o “Core HR”, utilizar o cloud computing como alavanca para a transformação dos RH, adotar uma abordagem modular com objetivos progressivos, dispor de reporting a vários níveis, apostar numa solução de RH “glocalizada” e escolher um fornecedor fiável (ver caixa). Enfatizam os especialistas da empresa, cujas soluções asseguram a gestão de mais de 18 milhões de pessoas em todo o mundo, que “na hora de abordar um projeto de internacionalização, os objetivos do projeto devem estar definidos claramente”. Essa é a primeira regra de ouro.

10 regras de ouro para ser global:

1ª Uma visão estratégica orientada pela liderança da empresa

“Na hora de internacionalizar, os objetivos do projeto devem estar definidos claramente desde o início e este deve contar com o apoio da direção”. À posteriori, será da responsabilidade da área corporativa dos RH alinhar as melhores práticas com os objetivos estratégicos já definidos, tendo em conta os desafios operacionais e as especificidades locais de cada país.

2ª Uma equipa dedicada ao projeto
“A implementação de um projeto com estas características implica a gestão de diferentes aspetos, pelo que é conveniente desenhar desde o início, um mecanismo que permita orientar, guiar e estabelecer a sua coordenação. As primeiras etapas são as mais cruciais, nomeadamente a criação de uma equipa dedicada a dar seguimento a objetivos claros e bem definidos e que interaja com os departamentos de RH dos diferentes países”, explica o estudo da Meta4.

3ª Envolvimento das equipas locais
Existem numerosas barreiras que podem travar um projeto de internacionalização: legislativas, culturais, geográficas, linguísticas, estruturais, entre outras. Definir os processos globais a partir da sede central sem envolver as equipas locais é, na opinião dos especialistas “o pior procedimento possível, já que o seu envolvimento é necessário logo desde o momento de conceção do projeto”.

4ª Visão global
“Definir um modo de atuação comum para toda a organização e dispor de uma solução que permita consolidar os dados das diferentes filiais e gerir os processos de RH são requisitos imprescindíveis”. Os departamentos de RH e os utilizadores locais devem contar com ferramentas que os ajudem a gerir os seus processos tendo presente que as necessidades locais não devem colocar-se à frente do objetivo comum.

5ª Construir o “Core HR”: um requisito prévio
Para responder às necessidades estratégicas de gestão de talento internacional é preciso construir as fundações em que se irá basear a implementação de uma solução de RH: o “Core HR”. Criar um único repositório de informação permitirá dispor de uma visão completa da informação em tempo real, mesmo que esta se encontre dispersa por todos os cantos do mundo, facilitará as decisões.

6ª Cloud Computing como alavanca para a transformação dos RH
No caso de empresas multinacionais, uma solução cloud poderá ser rapidamente adotada pelas suas filiais, para que fiquem perfeitamente integradas e ligadas entre si.

 Abordagem modular com objetivos progressivos
Num projeto internacional, é importante a definição de objetivos a curto prazo para obter resultados rápidos e encorajadores, sendo necessário ao mesmo tempo definir os objetivos a longo prazo que deverão cumprir-se de forma progressiva. 

8ª Dispor de reporting a vários níveis
Um dos principais requisitos de uma solução global de recursos humanos é facilitar ferramentas de análise de dados locais e globais em tempo real. Colaboradores e gestores terão acesso a uma interface a uma escala mundial onde podem administrar uma série de processos de RH.

9ª Uma solução de RH “glocalizada”
Conseguir conciliar a política global de RH com os objetivos locais é o principal desafio de um projeto internacional de recursos humanos. Cada organização deve encontrar um equilíbrio entre a necessidade de controlo centralizada e a necessidade de autonomia local.

10ª  Contar com um fornecedor fiável
Abordar um projeto com estas características não é algo que se possa improvisar, já que a implementação de uma solução de RH é um desafio exigente. Na hora de definir um fornecedor de serviços, existem alguns critérios fundamentais que devem ser tidos em conta, como a qualidade dos serviços, a integração com os sistemas existentes ou uma ampla funcionalidade.



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