Maribela Freitas
Dez alunos da Universidade de Aveiro (UA) estão a partir deste mês e até Março de 2008, a desenvolver trabalhos no âmbito da eco-eficiência energética, trigeração e emissões de CO2, em empresas clientes da Galp Energia. Estes estágios resultaram da assinatura de um protocolo entre a Galp Energia e a UA, com o objectivo de promover o desenvolvimento de projectos na área dos sistemas energéticos sustentáveis.
A ideia subjacente a este protocolo é incentivar os alunos do ensino superior a desenvolver trabalhos de investigação e a elaborar propostas adaptadas às necessidades reais do mercado. Para Jorge Borrego, director de tecnologia e sustentabilidade da Galp Energia, é também uma forma de aproximar o mundo empresarial do académico.
Os alunos que integram este estágio de seis meses vão estar a trabalhar em empresas na área da construção, cerâmica, cortiça, indústria alimentar e produção de equipamentos energéticos, entre as quais se contam a Amorim Revestimentos e a Sonae Indústria. A selecção dos estudantes foi efectuada com base nos trabalhos e estudos que apresentaram no decurso do ano lectivo, relacionados com sistemas energéticos sustentáveis. A grande maioria dos seleccionados, são oriundos de estudos pós-graduados. Durante os próximos meses, vão estar a desenvolver projectos, com base em auditorias energéticas, que vão contribuir para optimizar modos de funcionamento, racionalizar, identificar e recomendar melhorias de processos. Vão receber uma bolsa de três mil euros, paga pela Galp Energia e, no final do estágio, um júri vai avaliar os trabalhos desenvolvidos e premiar os três melhores com de 10 mil euros.
Joana Lopes, licenciada em engenharia química e estudante de mestrado na mesma área, vê neste estágio uma oportunidade de futuro. Esta pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho, afirma. Dos seus primeiros dias de actividade conta que a recepção na Amorim Revestimentos tem sido excelente, sente-se integrada e está muito motivada. Na sua opinião, é importante haver abertura por parte das empresas e das universidades para estágios curriculares. É que uma licenciatura é só metade do percurso, que tem de ser complementado pela prática nas empresas.
Já Jorge Borrego considera que as empresas devem olhar para as universidades como entidades que lhes podem trazer respostas concretas aos seus problemas.