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Formar para o emprego

Há cursos que dão emprego mesmo antes de começarem
21.07.2006


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Cátia Mateus
Numa altura em que tanto se fala no desemprego entre os licenciados, existem exemplos positivos em matéria de empregabilidade provenientes de cursos de formação técnica. Em Aveiro, há algumas empresas que já estão em «lista de espera» para acolher os formandos dos novos cursos de especialização tecnológica do Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCA) da Universidade de Aveiro. Se até aqui a notícia já desperta optimismo, o impacto torna-se maior se pensarmos que estes cursos ainda não abriram e que os alunos só estarão formados dentro de 18 meses.

Dos quatro cursos previstos pelo ISCA no campo da formação pós-secundária não-superior, apenas o de Organização e Planificação de Trabalho teve já início. Esta formação que abriu em Fevereiro passado foi, segundo Fátima Pinho, presidente do Conselho Directivo do instituto, «um teste, com resultados bastante positivos, ao futuro destes cursos». O ISCA prepara-se para dar início ainda este ano aos três cursos que estão previstos e ainda não se encontram em funcionamento: Banca e Seguros; Gestão e Técnicas de Turismo; e Contabilidade Pública.

Fátima Pinto esclarece que «a instituição teve de submeter nova candidatura para a abertura dos cursos, devido à alteração da lei, e aguarda agora a autorização». Para estes cursos de especialização tecnológica o ISCA estabelece protocolos de cooperação com várias empresas da região, que têm acesso aos respectivos programas. Fátima Pinto refere que estes protocolos «não são vinculativos das intenções de contratação dos formados». Mas a verdade é que, como refere, «há já várias empresas que nos procuraram, mostrando interesse em recrutar alunos, nomeadamente os do curso de Banca e Seguros e de Gestão e Técnicas de Turismo».

Com a duração de 18 meses, os cursos de especialização tecnológica do ISCA destinam-se a estudantes com o 12º ano de escolaridade concluído e conferem uma certificação de aptidão profissional de nível IV. As turmas têm, no máximo, 25 alunos. «Para o único curso que já se iniciou — Organização e Planificação do Trabalho — registaram-se 90 candidaturas» revela a responsável.

Fora destes cursos e já no nível das licenciaturas, Fátima Pinto diz que a taxa de empregabilidade da Universidade de Aveiro é bastante elevada. «No ano passado o ISCA teve dificuldades em garantir alunos para dar resposta aos pedidos das empresas», frisa, e lembra que «o último inquérito à inserção de recém-licenciados — já desactualizado — revelava que 90% dos diplomados da Universidade de Aveiro conseguiam emprego menos de seis meses após a conclusão do curso».





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