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Iraquianos estudam em Portugal

A Lusíada ajudou a formar profissionais iraquianos e curdos
21.07.2006


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Fernanda Pedro
0 Instituto Lusíada para a Energia realizou a segunda edição da Pós-Graduação em Engenharia do Petróleo, com a particularidade desta ser dirigida a licenciados do Médio- -Oriente. São 37 os alunos que vieram do Iraque e do Curdistão especificamente para participar neste curso que focava duas vertentes: a prospecção e exploração e a refinação, distribuição e retalho no sector do Petróleo.

O curso que se realizou na Universidade Lusíada de Lisboa teve o patrocínio da Heritage Oil, da Galp Energia e da Parexpo. Na formação participaram representantes de dois ministérios, o do Petróleo de Bagdad e do de Recursos Naturais do Curdistão. Segundo Micael Gulbenkian, presidente do Instituto Lusíada para a Energia, a presença em Portugal destes iraquianos e curdos é muito importante para a troca de conhecimentos e experiências. «Estas pessoas apesar de viverem em condições muito difíceis têm sempre esperança. O Iraque é um país com recursos vastíssimos na área dos hidrocarbonetos, com ingredientes para o futuro, desde que as forças políticas se entendam», refere o responsável. «A Mesopotâmia foi o berço de grandes civilizações e de grandes tradições», acrescenta.

Para Akli Abdul Hameed, engenheiro mecânico e Nawaf A. Mejbel, economista, ambos de Bagdad, esta experiência foi muito importante, já que viram no curso a possibilidade de adquirir conhecimentos que poderão beneficiar o seu país. A mesma opinião é partilhada por Ibrahim O. Osman e Susan Barwari, ambos engenheiros do Curdistão.

Durante o curso registaram-se várias actividades práticas para que os alunos pudessem reflectir, resolverem equações e «desenvolverem a capacidade que todos têm de uma maneira ou de outra, de pensar», explica Micael Gulbenkian. Para o presidente do Instituto Lusíada, esta Pós-Graduação pode vir a ser um catalizador para o desenvolvimento futuro de um novo curso de Pós-Graduação para licenciados em Engenharia de Minas, Engenharia Química, Engenharia Mecânica, entre outras.

Gulbenkian refere que estas vertentes da engenharia não têm uma especialização em gestão no âmbito dos petróleos, por isso seria muito importante estender a Pós-Graduação a todas as áreas. O responsável adianta ainda que o curso poderá no futuro estender-se a pessoas oriundas de países africanos de língua oficial portuguesa, onde há um interesse na área do petróleo.





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