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FNAC e AMI formam nas TIC

FNAC e AMI formam nas TIC

A FNAC está a apoiar a qualificação tecnológica dos públicos mais carenciados.
13.12.2012 | Por Cátia Mateus


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Está já em um novo curso de Iniciação às Tecnologias de Informação (TIC), realizado em parceria pela FNAC e os centros Porta Amiga da AMI ao abrigo do projeto “Infotecas FNAC/AMI contra a Infoexclusão”, para apoiar a qualificação tecnológica dos públicos mais carenciados dotando-os de novas oportunidades de integração profissional e de uma maior participação na sociedade da informação e do conhecimento. Em cinco anos, a iniciativa de responsabilidade social já formou mais de 500 portugueses carenciados e prepara-se agora para dar seguimento a este projeto. Até Maio, vários desempregados entre os 20 e os 60 anos, integrarão uma formação certificada de informática que ajudará ainda os formandos a solucionar questões práticas como elaborar um currículo, inscrever-se num portal de emprego, preencher o IRS na internet, solicitar uma prestação social online, entre outras. Segundo dados do Eurostat relativos a 2011, cerca de 41% da população portuguesa entre os 16 e os 74 anos nunca tinha acedido à internet. Uma percentagem elevada que coloca Portugal em quarto lugar na lista de países da União Europeia com menor taxa de acesso à Internet. Foi para ajudar a inverter esta realidade que a FNAC se aliou à AMI, em 2007, num projeto de combate à infoexclusão que conta com a colaboração da Microsoft. Desde a sua criação, foram já lecionadas mais de três mil horas de formação e ministrados cerca de 60 cursos certificados e gratuitos. A mais recente Infoteca é a de Almada que agora arranca com uma nova formação a decorrer até Maio do próximo ano. “O centro Porta Amiga de Almada irá oferecer, à comunidade local de Almada um espaço de formação com nove computadores ligados à internet, bem como todo o material informático necessário. Durante os períodos da manhã, os utilizadores, que tanto podem ser crianças, adultos ou seniores, têm acesso livre à Infoteca e ao seu equipamento e, da parte da tarde, o espaço estará reservado às formações em TIC”, explica a organização da iniciativa. Para a diretora geral da FNAC, Cláudia Almeida e Silva, “a infoexclusão é cada vez mais uma realidade premente em Portugal e a disseminação da internet e das novas tecnologias alterou, de forma profunda, diversos processos como a procura de emprego, acesso ao conhecimento e até a forma de socializar”. Razão pela qual, para a responsável “a implementação deste projeto em vários pontos do país tem como missão gerar novas oportunidades e permitir que as TIC sejam não um factor de exclusão mas, pelo contrário de inclusão, através da democratização do seu uso”. Uma visão também partilhada por Fernando Nobre, presidente da AMI, para quem “o fenómeno da pobreza é cada vez mais difícil de combater, dadas as diferentes formas de exclusão que apresenta”. O presidente enfatiza o valor deste projeto e adianta que “só formando, melhorando competências e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a autoestima e confiança de quem apoiamos é possível combater a pobreza e a exclusão, de forma eficaz e em todas as frentes”.


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