Em 2015, a EY passou a concentrar a integração de novos talentos, recém-graduados, na empresa no programa EY Bootcamp. A crescente proximidade às instituições de ensino justificou a mudança e tem garantido nos últimos dois anos o sucesso da iniciativa. Este ano o programa permitiu a entrava na empresa a 130 jovens talentos. Já em janeiro, 36 jovens profissionais integrarão a equipa da consultora, como resultado do Bootcamp que agora termina e a empresa prepara, também para o arranque de 2017, um novo processo de identificação de talento nas universidades nacionais. Margarida Dias, diretora de Talent Team da EY Portugal, insiste que a “EY é uma empresa de carreiras e não de empregos” e por isso o foco na identificação de talento é tão importante para a consultora, cujo objetivo é até ao final de 2020 integrar mil novos talentos na sua equipa.
No ano letivo em curso (2016/2017) a EY conta avaliar, nos vários bootcamps realizados nas universidades, cerca de três mil perfis, “quer para conseguirmos recrutar os 200 recém-graduados ou finalistas que precisamos de imediato, quer para alimentar o pipeline de candidatos que, não estando ainda em condições de ingressar no mercado de trabalho, revelam ter o potencial e o talento que a EY persegue, pelo que, uma vez concluídos os seus estudos terão garantida a oportunidade de fazerem carreira connosco”, explica Margarida Dias. Anualmente, a empresa contrata – entre jovens recém-graduados e profissionais mais experientes – cerca de 200 profissionais. Assurance, advisory e tax são áreas que mais reforços absorvem numa empresa que tem estado em evolução permanente no que respeita ao perfil dos seus profissionais.
Se há três anos o perfil dos candidatos contratados pela EY era dominado por graduados em áreas como a Economia, Gestão, Finanças e alguns de Direito. Hoje, garante a diretora de Talent Team, “essa seleção é demasiado reducionista face ao propósito da EY de investir na diversidade, nomeadamente de backgrounds académicos diferentes, e por isso aportam um valor acrescido à capacidade de resposta da EY”. A própria evolução dos mercados não é atualmente compatível com a uniformidade de perfis nas empresas. Razão pela qual, a EY adotou segundo Margarida Dias, as competências pessoais como fator distintivo do processo de recrutamento e “elemento indispensável para a busca de talento e potencial”, esclarece. A consultora tem hoje entre os candidatos que seleciona perfis das áreas da Economia, Gestão, Finanças, Matemática, Engenharia “e muitas outras áreas científicas, a par de um perfil pessoal que faça um bom fit com os valores e propósitos da EY”, enfatiza a diretora.
Para Margarida Dias, o nível de profundidade com que a empresa seleciona os seus candidatos dá frutos. Cerca de 90% dos jovens contratados passam o período experimental com sucesso e permanecem na EY, no mínimo, dois a três anos. “O nosso objetivo, é que aqui encontrem uma carreira, com oportunidades ímpares de desenvolvimento e formação profissional, mobilidade internacional e entre as várias áreas de negócio”. Universidades como a Faculdade de Economia da Universidade do Porto, o ISCTE-IUL e o Instituto Superior de Economia e Gestão, são algumas das instituições onde a empresa procura habitualmente talento.
Com um modelo de progressão sustentado no mérito, a EY recruta habitualmente “para a base da pirâmide”, assegurando assim que cada um dos jovens contratados tem uma carreira para construir na empresa. Porém, o ritmo de crescimento do negócio nos últimos anos , tem obrigado a empresa a contratar quadros mais experientes. Em seis anos, a empresa duplicou, o seu volume de negócios e em termos de recrutamento, em Portugal, a meta é segundo a diretora “contratar pelo menos mais mil finalistas ou recém-graduados”. A quatro anos de distância, Margarida Dias confirma que o número previsto até pode ser ultrapassado.