Todos os anos, a plataforma de recrutamento Glassdoor repete o ritual. Antes de encerrar o ano, dá a conhecer os empregadores que vale a pena ter debaixo de olho para o ano seguinte. 2016 não foi exceção. A plataforma voltou a convocar os profissionais americanos para uma análise aos seus recrutadores que serviu de base à organização do ranking dos melhores empregadores para 2017. Para ser elegível enquanto candidata a melhor empregador, cada empresa tinha de reunir, pelo menos, a avaliação crítica de 75 dos seus funcionários durante o último ano.
Sem grandes alterações face ao ranking do ano passado, a consultora Bain & Company assumiu a liderança da tabela dos melhores empregadores do ano. A empresa é, de resto, a primeira da história da competição a conquistar o título três vezes. Venceu em 2012, 2014 e agora em 2017. O segredo do seu sucesso é o recrutamento. Seletiva nas contratações, a Bain & Company segue uma política que valoriza as competências técnicas, mas também as skills emocionais dos seus profissionais e o seu fit face à cultura da empresa. Com frequência os profissionais da firma – classificados pela Glassdoor como “jovens, apaixonados e inteligentes” - admitem que o bom ambiente de trabalho e o espírito colaborativo entre os colegas são a principal razão pela qual gostam de trabalhar na empresa, embora se queixem dos horários de trabalho prolongados.
O gigante tecnológico Facebook ficou-se este ano pela segunda posição na tabela dos empregadores favoritos. Os trabalhadores que fazem funcionar a rede social que conquistou o mudou apreciam o elevado grau de exigência colocado na contratação de talentos e destacam o privilégio que é “trabalhar entre os melhores”, mas tal como na Bain & Company, as longas horas de trabalho – que segundo a Glassdoor parecem ter-se tornado uma norma em algumas das equipas de trabalho do Facebook - são a principal fonte de descontentamento entre os profissionais da empresa de Zuckerberg.
A terceira classificada no ranking da Glassdoor é a World Wide Technology, a tecnológica fundada na década de 90, cujo core business é a implementação de tecnologia avançada como aplicações big data e cloud computing. Com base na opinião dos seus profissionais, a Glassdoor avalia-a como uma empresa onde a sólida comunicação interna, os valores éticos, a humildade e a abertura à mudança são factores-âncora para o sucesso. Nas primeiras 30 posições da lista desta ano continuam a figurar várias empresas com operação em Portugal (ver tabela). São disso exemplos a McKinsey, a SAP, a Nestlé Purina, a Salesforce ou a Johnson & Johnson. Algumas delas têm até processos de recrutamento ativos a que vale a pena estar atento, até porque, regra geral, as políticas de recursos humanos são comuns às praticadas na casa mãe.
Mas a grande surpresa da edição deste ano é a plataforma Airbnb que depois de figurar nas posições cimeiras dos melhores recrutadores em 2015, surge este ano na 35ª posição da lista. A justificar esta descida pode estar o facto de grande parte dos profissionais da empresa terem denunciado poucas oportunidades de progressão profissional na empresa e um agravamento das condições de equilíbrio entre a carreira e a vida pessoal.
30 recrutadores de topo
1º Bain & Company
2º Facebook
3º Boston Consulting Group
4º Google
5º World Wide Technology
6º Fast Enterprises
7º In-N-Out Burger
8º Linkedin
9º Adobe
10º Power Home Remodeling
11º McKinsey & Company
12º Clorox
13º Nestlé Purina Pet Care
14º PayloCity
15º SAP
16º MathWorks
17º Salesforce
18º Forrester
19º The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
20º Intuit
21º Delta Air Lines
22º Memorial Sloan Kettering
23º DocuSign
24º Concur
25º Akamai
26º Johnson & Johnson
27º HEB
28º Southwest Airlines
29º Zillow
30º NVidia