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Esta dupla quer simplificar a vida dos emigrantes

Esta dupla quer simplificar a vida dos emigrantes

A onda de emigração que nos últimos anos têm marcado a vida de inúmeros profissionais portugueses, serviu de inspiração ao negócio de Inês Salvo e Gilda Pereira. As duas amigas uniram-se num projeto empreendedor, pensado para a facilitar a vida a quem aceitou trabalhar fora do país, mas deixou para trás tudo o que construiu em solo nacional.   

16.10.2014 | Por Cátia Mateus


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Foi a necessidade que permitiu identificar a oportunidade. Até aqui nada de novo, não fora o objetivo do projeto de Gilda Pereira e Inês Salvo, centralizar num serviço profissional todas as necessidades burocráticas (e não só) de quem chega ou parte do país, e até de quem anda em viagem. A Ei!, o primeiro serviço de assessoria profissional ao E(i)migrante, já está em funcionamento e quer “facilitar a vida aos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo e aos imigrantes de todo o mundo que escolhem Portugal para  viver”.

Em 2009, quando foi convidada para ir trabalhar para Luanda, começaram as “dores de cabeça” de Gilda Pereira. “Tinha deixado em Portugal uma grande parte da minha vida. Tinha carro, casa, contratos de prestação de serviços, o que me obrigava  a estar sempre a resolver assuntos à distância”, relembra Gilda Pereira, uma das fundadoras da Ei!. Entre os principais problemas que identificava relembra a marcação de consultas ou exames médicos específicos, a obtenção de determinados documentos – “como o certificado de habilitações que é impossível de obter no Consulado de Portugal em Angola” – e até a própria perda da isenção do IMI, “simplesmente porque não tinha quem me recebesse as notificações das Finanças em tempo útil”, recorda.

Em cinco anos a sua lista de dificuldades adensou-se e valeu-lhe, em alguns casos a ajuda de Inês Salvo, cofundadora do projeto, a quem pedia ajuda para tratar de todos os assuntos pendentes em Portugal. “A Gilda começou a pedir-me ajuda para tratar de todos os assuntos pendentes em Portugal, desde a receção e digitalização do correio, passando pela compra de bilhetes para espetáculos, até à limpeza e manutenção da sua casa”, revela Inês Salvo. O apoio de Inês rapidamente ganhou escala, fruto de um país onde grande parte dos jovens tem ou já teve uma experiência de trabalho internacional. “Pela utilidade dos serviços prestados, foram vários os amigos a solicitarem a resolução das suas questões pessoais pendentes. De seguida foram os amigos dos amigos que começaram a pedir auxílio”, frisa.

A dimensão que ganhou o serviço levou as empreendedores a reconhecerem a necessidade do mercado de uma empresa com esta linha de atuação. Daí à criação da Ei! foi um ápice. “Chegámos à conclusão que existem imensas pessoas nesta situação e, oportunamente, demos vida à Ei!”, explicam. A primeira loja da marca focada em assessoria administrativa e consultoria de serviços para E(i)migrantes, foi agora inaugurada em Lisboa, integrando vários serviços úteis a quem está “em trânsito” e precisa de quem lhe facilite a vida, resolvendo os seus assuntos pendentes ou gerindo o seu património. Entre a variedade de serviços existentes dirigidos a emigrantes, imigrantes e viajantes encontram-se os serviços consultares (obtenção de vistos ou legalização de documentos), vacinação internacional (agendamento), representação em Portugal (assembleias de condomínio, pedidos de cancelamento de serviços, receção e envio de correio), finanças (representação fiscal), viagens (planeamento e aconselhamento personalizado), gestão de imóveis (rentabilização de imóveis dos clientes em Portugal), veículos (gestão de questões relacionadas com veículos, transportes internacionais, transporte de animais e até agendamento de programas lúdicos e culturais.

“Os serviços são prestados através de um gestor de cliente, individual, que de forma personalizada e confidencial dá resposta às mais diversas questões dos seus clientes”, explica Gilda Pereira que conta com a sua experiência de emigração, vivida na primeira pessoa, como ferramenta para o sucesso do projeto. Para já a dupla conta apenas com um espaço, mas as metas são ambiciosas. Até ao final do ano está prevista a criação de outros espaços no Norte, no Algarve e na Madeira. A internacionalização também faz parte dos planos das empreendedoras. Londres, Luanda e Maputo deverão ser os primeiros destinos do projeto, ou não fosse este um conceito pensado para o mercado global. 



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