Depois várias tentativas e muitos currículos enviados carimbou finalmente o 'passaporte' para uma entrevista. Tem tudo o que é preciso para agarrar essa oportunidade?
O percurso de carreira que tem plasmado no CV e a qualidades das suas competências técnicas garantiram-lhe a oportunidade de estar frente a frente com o diretor de recursos humanos da sua empresa de sonho, numa entrevista. Por melhor preparado que se sinta e por mais confiante que esteja, nada é infalível e mesmo os candidatos mais experientes cedem à tentação de perguntar o que não devem. Eis quatro questões que o podem afastar do seu cargo de sonho, identificadas pela plataforma de gestão de carreira americana Carrerealism, a partir de opiniões recolhidas junto de um painel de gestores de recursos humanos. ?J
á lhe ocorreu perguntar ao recrutador se vai consultar o seu Facebook antes de o contratar? Se sim, esqueça essa questão. Em época de redes sociais ela é bem mais comum do que pode imaginar (seja em candidatos juniores ou mais experientes) e, garantem os diretores de recursos humanos, é também fator de exclusão numa entrevista de emprego. “O facto do candidato sequer colocar esta questão significa que é 'culpado' de algo mesmo que não seja e leva o recrutador a questionar o que de tão trágico o candidato tem a esconder”, garantem os especialistas.
Benefícios e trabalho aos fins-de-semana
E sobre benefícios extra-salariais e horários de trabalho extra, parece mal perguntar? Prudência é a resposta dos recrutadores. O levantamento realizado pela plataforma americana juntos dos especialistas de recursos humanos indicia que ambas as questões não são proibitivas, mas depende da forma como forem formuladas e do contexto em que se inserir. “Se a empresa tiver relevantes benefícios extra salariais, o recrutador será o primeiro a mencioná-los. Se esse factor não for referido na entrevista, a melhor opção é que o candidato coloque a questão apenas quando souber se for selecionado para o cargo e na altura de negociar as condições”, explicam os especialistas, enfatizando que nenhum candidato deve negociar os benefícios de uma função para a qual não foi contratado.?
Do mesmo modo, questionar práticas relacionadas com o horário de trabalho, pode afastá-lo da função. Certamente entenderá que um empregador não veja com bons olhos um candidato que na primeira entrevista lhe pergunte se vai ter de trabalhar aos fins de semana ou até tarde, ou se pode chegar só a partir das 10 da manhã para evitar, ou quem sabe ainda, “trabalhar a partir de casa para evitar deslocações”. Acredite ou não, qualquer uma destas questões é recorrente entre os candidatos, mesmo os mais experientes.?Não deveria ser necessário relembrar, mas para os diretores de recursos humanos nunca é demais fazê-lo, chegar a uma entrevista de emprego a perguntar “afinal, o que é que esta empresa?” também não é a forma certa para conquistar um emprego. Se até aqui poderia ter escapado à exclusão, com uma pergunta destas, garantem os especialistas, “qualquer candidato está automaticamente fora do processo”.?