Vítor Andrade
NUNCA é demais enfatizar o mérito dos empreendedores em Portugal, daqueles que arriscam e que criam empregos. São pessoas de qualidades raras a quem o país muito deve, e está na altura de este mesmo país lhes retribuir algo.
Não é preciso muito para o fazer. Basta que as instituições do Estado funcionem dentro da normalidade. Basta que a burocracia não convide ao desânimo e à desmobilização e que a justiça seja célere e eficaz. Basta que a fiscalidade seja amiga do empreendedor e que não seja inimiga do investimento.
Basta que os sistemas de financiamento aprendam o significado da palavra risco, e que os seus responsáveis acreditem nas capacidades de quem se dispõe a criar riqueza.
Basta que as escolas formem os recursos humanos de que o país mais precisa e que as elites aprendam a liderar de acordo com uma estratégia orientada para o sucesso. Assim, vai dar gozo ser empreendedor.