O seu percurso de carreira pode ser fascinante e a sua experiência profissional acima da média, mas de nada valerão se no seu currículo deitar tudo a perder. Num mercado com excesso de candidatos para as vagas disponíveis, este canal que lhe permite apresentar-se aos recrutadores torna-se ainda mais decisivo, mas os profissionais portugueses estão a negligenciar a relevância do CV. Fotografias pouco profissionais e informação desorganizada são os erros mais comuns, segundo um estudo da empresa de certificação de currículos, CV-DNA.
Em Portugal, 75% dos recrutadores admitem que os currículos que recebem contém fotografias pouco profissionais, 72% apontam lacunas ao nível da organização, 82% queixam-se de informação irrelevante ou desadequada (em excesso ou em défice) e 46% confirmam receber currículos com erros ortográficos, sendo que 14% assumem que isto ocorre com muita frequência. Estes números decorrem da avaliação realizada pela CV-DNA junto de cerca de 40 empresas, nacionais e multinacionais, a operar em Portugal, no período compreendido entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. José Quezada, diretor-geral da CV-DNA, revela ainda que em cerca de um quarto das empresas inquiridas foram detetadas falsas informações nos currículos e que “a larga maioria (78%) dos currículos onde foram detetadas informações falsas pertence a profissionais com experiência e não a recém-licenciados”.
Segundo o diretor, a CV-DNA decidiu avaliar a qualidade dos currículos dos candidatos portugueses com o objetivo de ampliar a utilidade dos serviços que presta ao mercado. A empresa está focada em ajudar quem procura uma nova oportunidade profissional e para o especialista, “o mercado, claramente valoriza currículos sem informação a mais e sem fotografias desadequadas”. José Quesada dá também conta de que o aumento da informação falsa veiculada nos currículos está a levar os recrutadores (61%) a valorizar de forma crescente a certificação da informação curricular por entidades externas. Os dados confirmam também que mais de metade dos recrutadores (64%) já atribuem uma relevância determinante ao perfil comportamental dos candidatos, aplicando testes de perfil comportamental.