Nos últimos três anos, a Sitel, fornecedora global de serviços de atendimento ao cliente, triplicou o seu número de colaboradores em Portugal e registou níveis de crescimento record. Num só ano gerou 400 novos empregos e segundo Benedita Miranda, country manager da Sitel, até ao final de 2014 deverá realizar 350 novas contratações para os seus dois centros de comunicações, no Parque das Nações e no Saldanha (Lisboa). O anúncio foi feito esta semana na presença do secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, durante a sua visita ao novo Centro de Comunicações Europa – Multilingue, no Parque das Nações, em Lisboa, e vem comprovar os resultados de um estudo recentemente realizado pela consultora gartner, onde Portugal surge referenciado como um dos sete destinos eleitos pelas empresas multinacionais para a deslocalização de serviços de suporte técnico ou desenvolvimento tecnológico para países remotos (offshore). Um potencial que deverá continuar a gerar emprego.
Foi o próprio secretário de Estado a reconhecer que a Sitel se conseguido destacar de outras congéneres mundiais pela sua performance ao nível de resultados, muito por força da qualidade dos seus recursos humanos. Na verdade, as competências técnicas e relacionais dos profissionais portugueses há muito que dão nas vistas junto das empresas, num sector como o dos call centers que já emprega cerca de 25 mil portugueses e tem atraído para o país um número crescente de organizações estrangeiras que aqui localizam os seus centros de serviços.
A favor do crescimento deste sector em Portugal somam-se fatores como o perfeito domínio de múltiplos idiomas conseguido pelos profissionais portugueses, as suas elevadas qualificações técnicas, as competências comportamentais e relacionais e o su custo competitivo face a outros países. Nesta balança tem pesado também o elevado grau de satisfação de outras empresas que já investiram no país, em projetos de serviço ao cliente e suporte técnico. Nos últimos anos, Portugal tem conseguido atrair com este potencial multinacionais de renome como a Fujitsu (que está também a ampliar o centro de competências em Lisboa e a recrutar várias centenas de profissionais), a Cisco ou a Altran. A tendência deverá ter continuidade, tanto mais que um estudo da Informa D&B relativo a 2013 dava conta de que a faturação agregada das empresas do sector no último ano registava um crescimento de 3,6% face a 2012, num total de 406 milhões de euros. Entre 2009 e o final de 2012, o sector dos call centers em Portugal cresceu 6,5% e ao fecho desse ano passado, já assegurava emprego a 22.200 profissionais no país.