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Empresas querem talentos ágeis e diferenciados

Empresas querem talentos ágeis e diferenciados

Diferenciação de competências e adaptação à mudança são, segundo a consultora Accenture, os principais trunfos dos profissionais para alcançar o sucesso no mercado de trabalho. A Accenture conduziu um estudo junto de 4100 profissionais e concluiu que para a generalidade dos inquiridos, a diferenciação é encarada como um factor crucial para a progressão na carreira.

14.03.2014 | Por Cátia Mateus


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Em 2013, a taxa de desemprego estrutural que reflete a desadequação entre os desempregados disponíveis para trabalhar e as necessidades das empresas, foi de 11,7% da população ativa. Entre 2012 e 2013 a percentagem registou um aumento e segundo dados do Banco de Portugal, há atualmente 630 mil portugueses para quem será difícil regressar ao mercado de trabalho, mesmo perante um cenário de crescimento económico. Em janeiro, a taxa de desemprego nacional interrompeu a tendência de queda que vinha registando desde março de 2013, mas para os especialistas em recrutamento, as elevadas taxas de desemprego do país exigem reciclagem de grande parte dos profissionais uma estratégia bem definida de reciclagem de competências e aposta em novas valências diferenciadoras e adequadas às necessidades das empresas, se quiserem integrar ou regressar ao mercado de trabalho.

Um estudo agora divulgado pela consultora Accenture, conduzido junto de 4100 profissionais em 32 países, comprova a relevância do factor diferenciação quando o objetivo é assegurar a empregabilidade e a progressão profissional. A multinacional  de consultoria aponta o “Career Capital” - o desenvolvimento  de competências diferenciadoras que definem a forma como os profissionais evoluem na carreira – “é um factor crucial para o sucesso profissional”. As conclusões do estudo revelam que “mais de 89% dos profissionais inquiridos acreditam que o desenvolvimento de competências diferenciadoras que definem a progressão na carreira é determinante para o seu sucesso profissional”. Por outro lado, a consultora enfatiza ainda que os profissionais que investem no desenvolvimento destas competências, “abraçam as mudanças e estão confiantes quanto à sua capacidade de serem bem-sucedidos”.

Os dados do inquérito demonstram ainda que uma elevada percentagem de profissionais já reconhecem a relevância desta aposta. “84% dos homens e mulheres inquiridos referem que estão a trabalhar para melhorar as suas competências diferenciadoras o que inclui maiores oportunidades de crescimento, influência na tomada de decisões, aumentarem a sua credibilidade junto dos colegas e pares e atingirem os seus objetivos”, clarifica o relatório. Para 67% dos inquiridos, o conhecimento ou a detenção de competências específicas numa determinada área contribui de forma decisiva para a criação do seu career capital.

Segundo Adrian Lajtha, chief leadership officer da Accenture, 91% dos profissionais que responderam ao inquérito concorda que os colaboradores mais bem-sucedidos serão aqueles que se conseguem adaptar às mudanças no seu local de trabalho e 75% afirmaram ter as ferramentas certas para serem bem-sucedidos no futuro. “O enfoque no desenvolvimento de capital de carreira ajuda a comprometer e motivar os colaboradores que terão assim a capacidade de manter uma vantagem competitiva à medida que desenvolvem as suas carreiras e alcançam os seus objetivos”, explica Adrian Lajtha adiantando que “neste ambiente de rápida evolução do mundo empresarial,  as organizações líderes vão continuar a melhorar e a desenvolver as aptidões dos seus colaboradores através de acções de formaçºao inovadoras e de programas de desenvolvimento de aptidões de liderança que os prearam para o futuro”.


Universidades que ‘reciclam’
A Universidade Portucalense (UPT)  identificou várias dificuldades sentidas entre os seus ex-alunos na abordagem ao mercado de trabalho e lançou uma iniciativa que visa contribuir para uma integração profissional bem-sucedida, através da reciclagem de competências. Com o projeto “Recyle You”, a UPT procura levar os seus ex-estudantes a reciclarem os seus conhecimentos, através da frequência de unidades curriculares isoladas, com ou sem necessidade de avaliação, em cinco áreas distintas: Tecnologias e Sistemas de Informação, Ciências Económicas e Empresariais, Direito, Psicologia e Educação Social e Turismo e Património.

Paula Morais, vice-reitora da UPT, explica que “a ideia de lançar esta iniciativa surgiu, inicialmente, decido à nossa preocupação em apoiar os antigos alunos do curso de Informática Educacional, que agora, graças à inexplicável eliminação de disciplinas da área das TIC no ensino básico e secundário, estão com grande taxa de desemprego. Mas depressa concluímos que o ‘Recycle You’ tinha que envolver todas as áreas de estudo que temos na universidade”.

Para a vice-reitora, há mesmo áreas que pela sua acelerada evolução, tornam imprescindível a permanente atualização de competências, condição vital para integrar o mercado de trabalho. O programa com 37 unidades curriculares não se restringe a antigos alunos da instituição e pode frequentado por licenciados ou mestres de outras universidades.



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