Vítor Andrade
vandrade@mail.expresso.pt
MIGUEL Cadilhe, presidente da Agência Portuguesa
para o Investimento (API), anunciou esta semana o estabelecimento de protocolos
com algumas universidades e politécnicos, no sentido de estes orientarem
os currículos de alguns cursos para as necessidades de mão-de-obra
das empresas.
O presidente da API sustenta que "é importante ter uma
resposta ágil às necessidades de investimento".
Apetece dizer que tudo isto é bom, pois pode ser duplamente benéfico,
tanto para formandos como para empregadores.
Não se pode, porém, é cair no exagero, para evitar
erros do passado. É que, no início da década de 90
do século XX, a partir de certa altura, quando se percebeu que
o mercado precisava de gestores, dezenas de escolas produziram cursos
de gestão.
Resultado: quando saíram os primeiros licenciados, o mercado já
estava noutra fase, e já precisava quase só de comerciais.
Aconselha-se prudência e moderação.