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Angola investe na recuperação de talentos

No último ano, milhares de portugueses rumaram a Angola em busca de uma oportunidade de carreira mais aliciante ou de uma alternativa ao desemprego nacional. O país não fecha as portas ao talento estrangeiro, mas o seu investimento para levar de volta a Angola os filhos da terra, que escolheram qualificar-se noutros países já está em marcha. Termina hoje no Palácio da Bolsa, no Porto, a I Feira de Emprego e Angolanização da Economia, cuja missão é recrutar em Portugal angolanos altamente qualificados para regressar ao país e dinamizar a economia local.
15.11.2012 | Por Cátia Mateus


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Angola já não quer empresários de passagem, mas sim dos chegam para ficar”. A afirmação é do ministro conselheiro para a área comercial da Embaixada de Angola, António Albuquerque, e aplica-se também aos recursos humanos. Foi com a meta de captar e fixar em Angola investimento e estrangeiro mas, sobretudo, os talentos naturais do território que o Consulado geral de Angola no Porto e a Associação Comercial do Porto organizaram, em conjunto com várias empresas, a primeira Feira de Emprego e Angolanização da Economia. O evento arrancou na terça-feira e termina hoje dando a inúmeros profissionais angolanos a residir ou estudar em Portugal hipóteses aliciantes de emprego. Angola tem carências profissionais em várias áreas, mas está decidida a colmatá-las, sem ficar presa à volatilidade da emigração. O país quer captar novos talentos para as suas empresas mas mais do que isso quer fixá-los no território. Há cinco dias que o Palácio da Bolsa está a ser palco desta missão de recrutamento que conta com empresas como o Grupo Casais, a Telhabel, 7 Cunhas/Tintas Europa, entre outros. Empresas que há muito perceberam o potencial angolano enquanto rota de internacionalização. Engenheiros de várias especialidades, informáticos, especialistas em tecnologias de informação e consultores financeiros são os públicos-alvo deste evento de recrutamento que conta com a participação de cerca de 30 empresas angolanas ou portuguesas com posições em Angola. O target espelha aquilo que vem sendo também o investimento nacional no país. Com efeito, são cada vez mais as construtoras nacionais que apostam em Angola como forma de expansão natural, mas também para escapar à estagnação que está a atingir o sector em Portugal. O grupo Casais é um exemplo deste investimento, tal o são a Mota-Engil, a Somague, a Teixeira Duarte ou a Soares da Costa. Qualquer uma destas empresas conta já com inúmeras obras a decorrer em Angola. Mas também no sector da banca, dinâmica é palavra de ordem. Este é de resto o sector de maior crescimento no território e é crescente o número de instituições bancárias a olhar para o mercado como uma expansão natural. O Montepio, por exemplo, já definiu os seus objetivos para 2013: abrir 40 novos balcões em Angola. António Tomás Correia, presidente do conselho de administração do Montepio, veio a público referir que a estratégia internacional da instituição passa por crescer no mercado angolano e tornar-se um banco de retalho e de apoio ao tecido empresarial, através da marca Finibanco Angola. Investimentos que o cônsul geral de Angola no Porto, Bento Morgado, aplaude defendendo que “é fundamental que as empresas portuguesas com presença em Angola deem formação e contratem angolanos”. O cônsul geral salienta que estas contratações podem diminuir os custos elevados que as empresas portuguesas têm com a mão-de-obra expatriada.


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