A empresa utilizou recentemente drones para colocar mensagens como “é mesmo isso que queres fazer da tua vida?” ou “queres que te tirem daí?”, em frente às janelas das multinacionais de referência na área tecnológica e assim, aliciar os seus profissionais a uma carreira na Uniplaces.
Filipa Larangeira, de 36 anos, é a líder os Recursos Humanos da Uniplaces. O seu gosto por ambientes de trabalho informais e criativos poderá estar na base da abordagem e da estratégia escolhida para a atração de talentos conduzida pela startup, mas é também o espelho da atitude de uma empresa focada em atrair os melhores para o seu negócio. Estejam eles onde estiverem. E este ano estão previstas 64 contratações.
Licenciou-se em Direito, tornou-se mestre em Gestão, trabalhou em Marketing e Vendas, fez consultoria de Recursos Humanos (RH), testou uma carreira na Banca e só depois exerceu Direito. Colocou tudo de lado para integrar a Nokia e se especializar na gestão de talento em contextos tecnológicos. A sua necessidade de trabalhar em ambientes informais e criativos conduziu-a ao universo das startups, primeiro na Vision-Box, depois na Miniclip, agora na Uniplaces. A ambição confessa de Filipa Larangeira é gerir a sua própria startup, “num modelo humano de negócio (human-centered) que contribua de forma relevante para a melhoria significativa das culturas empresariais”, explica. Enquanto não o faz, é na Uniplaces que ajuda a identificar e desenvolver talento.
“Tive um percurso atípico, mas muito rico que me muniu de importantes ferramentas e experiências-chave para o tipo de profissional que hoje sou”, realça enfatizando a importância de sair da zona de conforto e enfrentar desafios “complexos e desconfortáveis” para crescer profissionalmente. Foi também esse percurso que lhe permitiu definir a estratégia de atração e gestão de talento que hoje aplica na Uniplaces.
A empresa que soma atualmente 150 profissionais, quer fechar 2016 com “pelo menos 64 novas contratações”. Segundo a diretora, “há vagas em aberto nos headquarters da empresa, em Portugal, mas também nos nossos ramos na Europa”. Customer Services, Marketing, Onboarding, People & Finance, Product, Sales e Technology (software development, maioritariamente), são algumas das áreas que deverão receber reforços já este ano.
Filipa Larangeira realça que “os recrutamentos são sempre dirigidos a competências individuais do candidato e ao seu fit com a Uniplaces”, pelo que a empresa não é restritiva em relação a escolas de referência, ou até áreas de formação, desde que o candidato demonstre perfil e competências para a empresa e para a função. Um fit que passa seguramente pela parte técnica, mas também por um perfil “ético, confiável, criativo, adaptável, humano, positivo e apaixonado”, requisitos considerados vitais para a diretora e para a startup.
Filipa Larangeira
36 anos - Diretora de Recursos Humanos da Uniplaces
Formação:
É licenciada em Direito pela Universidade Católica e Complutense de Madrid (Erasmus) e mestre em Gestão, pelo INDEG-ISCTE.
Primeiro emprego:
Trainee de Gestão na Unilever, aos 24 anos.
Percurso:
Após a passagem pela Unilever como trainee, onde passou por vários departamentos, como Vendas e Marketing, integrou o Hay Group para trabalhar na área dos Recursos Humanos. Na empresa confessa que viveu “o primeiro conflito com a necessidade de trabalhar em ambientes informais”. Regressou à sua formação-base, o Direito, para perceber “como funcionava na prática o Direito em contexto real/empresarial”. Transitou mais tarde para o sector da Banca e o grande “pontapé de saída” para a carreira que hoje consolida nos Recursos Humanos deu-se com a sua entrada na Nokia. “Quando senti que já tinha esgotado a minha curva de aprendizagem, decidi que era tempo de por tudo em prática e foi nessa altura que iniciei o meu percurso de responsável de RH em startups tecnológicas, primeiro na Vision-Box, passando pela Miniclip e agora Uniplaces”, explica.
Príncipio de gestão:
“Ética. Sempre”.