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A geração de empreendedores que pode mudar o Turismo

A geração de empreendedores que pode mudar o Turismo

O sector da Hotelaria e Turismo está em acelerada transformação e a gerar uma nova vaga de empreendedores, cada vez mais jovens, cada vez mais inovadores, mais globais e qualificados. Deles depende a competitividade, o futuro e a inovação de um sector vital para a generalidade das economias mundiais.

01.08.2016


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Para Sonia Tatar, CEO mundial da Les Roches International School of Hotel Management, uma das mais reputadas escolas de Hotelaria e Turismo do mundo, a questão do momento é “qual a melhor forma de preparar esta nova geração para o sucesso?”.

É, indiscutivelmente, uma tendência entre os millennials. “Dos 20 aos 35 anos, há já cada vez mais jovens a tornarem-se empreendedores e a criar os seus próprios projetos empresariais”, explica Sonia Tatar, CEO mundial da Les Roches International School of Hotel Management. A líder desta escola de topo na área da gestão hoteleira, cita um estudo recente do BNP Paribas para defender que “a nova geração de empreendedores começa mais cedo a vida empresarial, gere equipas maiores e mais ágeis e estabelece metas e objetivos mais ambiciosos do que as gerações anteriores”. E o melhor de tudo é que, inspirados por projetos de sucesso como o Airbnb ou a própria Uber, muitos dos novos empreendedores estão de olhos postos no sector do Turismo. Para Sonia Tatar, é altura das escolas, de um modo geral, mas também especificamente as de Turismo, refletirem seriamente sobre como formar esta nova geração de empreendedores inovadores para o sucesso, tirando assim o melhor partido do seu potencial.

São várias as razões que têm ajudado a aproximar a geração millennial da via do empreendedorismo. “O ambiente corporativo tem vindo a tornar-se menos apelativo para esta geração que coloca a liberdade e a criatividade como aspetos fundamentais no contexto profissional”, explica a CEO da Les Roches. A este fator acrescem ainda outras razões: “As dificuldades e barreiras que hoje se colocam à iniciativa empresarial são menores do que no passado”, nomeadamente no campo do financiamento e mentoria especializada, e a tecnologia e o espírito colaborativo que têm impulsionado inúmeras tecnológicas, funcionam como elementos inspiradores para uma nova geração de profissionais que se imagina a criar e liderar negócio de rápido crescimento. “O Turismo pode beneficiar largamente deste contexto, se souber atrair e formar esta geração”, explica Sonia Tatar.

Uma indústria em expansão
Apesar de alguma incerteza e preocupação associada às questões de segurança em contexto internacional, o sector do Turismo continua a crescer. “Mais de um bilião de turistas viajam para destinos internacionais todos os anos, enquanto o Turismo representa 6% do total das exportações mundiais, de acordo com o relatório da World Tourism Organization 2015”, realça. Por detrás desta dinâmica está a geração millennial: uma geração cada vez mais orientada para a mobilidade que viaja mais do que as gerações anteriores. “Eles são mais flexíveis nos seus planos de viagem e confiam na tecnologia e nas plataformas sociais para encontrar as melhores experiências turísticas, à medida do seu estilo de vida, das suas necessidades e do seu orçamento”, explica Sonia Tatar, acrescentando que “isto explica a emergência de novos conceitos e plataformas de sharing economy no sector do Turismo”. Segundo a especialista, estes exemplos ilustram a tendência impulsionada por esta nova geração e ao mesmo tempo, comprovam a importância de repensar o futuro do sector do Turismo e, em última análise, “até da própria economia global”.

A questão que agora se coloca, “é se as escolas estão a formar esta nova geração com as competências necessárias para os ajudar a pensar e a agir como empreendedores de sucesso no futuro, seja no Turismo ou noutro sector”. A CEO da Les Roches acrescenta que, na instituição que lidera, “o empreendedorismo é encarado como um catalisador de mudança e desenvolvimento Turismo e por isso, é muito mais do que potenciar uma vaga de novas startups. É incentivar um espírito de iniciativa e inovação, capaz de mudar as práticas instituídas e as formas tradicionais de fazer e gerir o negócio, com soluções inovadoras e disruptivas”.

Sonia Tatar acrescenta ainda que “fomentar o pensamento empreendedor entre os profissionais é igualmente essencial. Ao acreditarem no seu potencial criativo, os líderes delegam nas suas equipas a missão de promover a mudança e a organização no interior da empresa e nas suas práticas de negócio”. A Les Roches procura fazê-lo. A escola segue um modelo de ensino muito prático, onde os estágios fazem parte da rotina dos alunos ao longo de toda a formação, num ambiente multicultural, próprio de uma escola que reúne estudantes de 90 nacionalidades. “Cerca de 33% dos alumni da escola criaram os seus próprios projetos”, explica Sonia Tatar que quer aumentar este número.



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