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A ciência da mudança

Consultora Watson Wyatt desmitifica a mudança de emprego
28.12.2007


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Cátia Mateus

Num mercado laboral cada vez mais competitivo e com uma concorrência feroz, a permanência de um colaborador numa empresa pode ser determinada por detalhes. Detalhes esses que nem sempre assumem o mesmo grau de importância para colaboradores e empregadores. De acordo com um estudo europeu da consultora Watson Wyatt, “existe uma diferença significativa entre a percepção das empresas sobre a mudança de emprego dos colaboradores e as razões apresentadas pelos empregados”.

O relatório internacional sobre Remuneração Estratégica, elaborado pela consultora, explica que se a grande maioria das empresas encara as oportunidades de carreira, a reputação da empresa e o salário-base oferecido como principais causas para os trabalhadores quererem pertencer aos seus quadros, para os colaboradores as principais fontes de atracção são a natureza da função, a estabilidade e o salário-base.

E quando questão é a permanência na empresa, as diferenças mantém-se. A Watson Wyatt apurou que “as empresas apontam como principais razões para os empregados não abandonarem as empresas, as oportunidades de desenvolvimento de carreira, as oportunidades de promoção e salário-base, enquanto os colaboradores classificam como causas para a demissão o aumento do nível de stresse, o salário-base não competitivo e a falta de oportunidades de promoção”, frisam as conclusões do relatório.

Resultados que parecem deixar claro para Carole Hathaway, directora de remuneração estratégica da Watson Wyatt, que “as empresas colocam mais ênfase no planeamento a longo prazo das carreiras do que os próprios empregados”. A especialista argumentou ainda que “para muitos empregados, as prioridades são menos complexas — a natureza da função, o salário, o stresse e a localização da empresa vs local de residência”, mas enfatiza o facto de tais prioridades não significarem que “o enfoque dos empregadores esteja errado no que refere à atracção e retenção, pois as oportunidades de desenvolvimento e promoção das carreiras ainda são classificadas por muitos empregados como sendo importantes”.

Ainda assim, Carole Hathaway acredita que “os empregadores necessitam de alargar os seus critérios, a fim de incluir as necessidades mais imediatas dos empregados, tais como a sua função actual, as pressões internas e externas que afectam a experiência dos colaboradores, como o stresse e o tempo que estes demoram a chegar ao trabalho”.





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