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75% mudariam de emprego por dinheiro

75% mudariam de emprego por dinheiro

Na decisão de mudar de emprego o peso do salário supera o da satisfação para a larga maioria dos profissionais. A conclusão é do último Randstad Workmonitor

04.07.2014 | Por Cátia Mateus


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Gostar do que faz e da empresa onde trabalha pode não ser suficiente para se manter no mesmo emprego. Segundo o estudo global Randstad Workmonitor, que a multinacional de recrutamento Randstad acaba de divulgar, 75% dos profissionais inquiridos não hesitam em afirmar que apesar da sua satisfação, mudariam de emprego se pudessem ganhar mais dinheiro noutra empresa. O resultado não surpreende Daria Neto, responsável da área de Assessments da Randstad Professionals que reconhece: “estamos muito focados em atrair talento, mas nem sempre completamos esse processo com a retenção, avaliação e desenvolvimento do mesmo, para que este possa ser potenciado ao serviço das necessidades do negócio”.

A par com o peso da questão salarial, que segundo o estudo é determinante para a estratégia de retenção dos colaboradores, há outros fatores que influenciam a decisão de mudar de emprego. Ainda que menor escala, 69% dos profissionais inquiridos revelam que mudariam de emprego e empresa para progredir na carreira e 59% confirmaram a disponibilidade para mudar para funções que se melhor se conjugassem com o seu background académico e e a sua formação.

O estudo global da Randstad permitiu ainda analisar o posicionamento dos profissionais em relação ao trabalho temporário e à integração no mercado laboral. 44% dos inquiridos acreditam que o primeiro emprego determina toda a carreira que o profissional venha a consolidar e 72% apontam o trabalho temporário como uma porta de entrada para o emprego permanente, concordando (69%) que em desemprego utilizariam uma empresa de recrutamento para conseguir uma colocação.

O Randstad Workmonitor analisa a relação dos profissionais com o emprego em 33 países, avaliando fatores como a mobilidade, confiança e satisfação dos colaboradores. Daria Neto enfatiza que “as pessoas não pensam em mudar devido ao desemprego e à instabilidade económica e não por se sentirem comprometidos com o projeto ou realizados na sua função”. Para a especialista, “é preciso juntar estes indicadores e trabalhá-los nas empresas para termos as pessoas certas nas funções adequadas, para que os colaboradores desenvolvam o seu potencial e sejam verdadeiros talentos dentro da organização”, conclui.



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