45,5% das empresas querem contratar, mas de forma certeira
A empresa de recrutamento Hays Portugal inquiriu 650 empresas e 3500 profissionais para o seu “Guia do Mercado Laboral 2013”. A crise parece não intimidar as empresas na sua vontade de crescer e contratar, mas está a mudar a forma como estas recrutam. Processos de seleção mais demorados e avaliados à lupa, espelham um país onde as empresas já não se permitem errar quando escolhem novas contratações.
15.03.2013 | Por Cátia Mateus

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O ambiente é de máxima austeridade, mas as empresas portuguesas continuam a desbravar caminho, tendo sobretudo como meta a expansão para novas geografias. Um esforço de conquista de mercado que está a levar quase metade (45,5%) das empresas inquiridas pela Hays Portugal na sua análise às perspetivas do ao mercado laboral em 2013, a assumir a intenção de recrutar novos valores para as suas equipas este ano. Neste esforço de contratação saem beneficiados os perfis ligados à área comercial (sobretudo os especializados em mercados de exportação), as tecnologias de informação (30,3%), engenharia (25,5%), perfis administrativos e de suporte (17,6%), marketing (12%) e financeiros (12%). Em qualquer um dos casos, garante Paula Baptista, managing director da Hays Portugal, “há que contar com empresas muito mais exigentes e rigorosas nos seus processos de recrutamento, com o objetivo de garantir a mais acertada das escolhas”.
As prioridades de contratação estão a mudar em Portugal, bem como os próprios processos de recrutamento. Paula Baptista reconhece um maior cuidado das empresas nas escolhas e, como resultado disso, uma maior demora na conclusão dos processos de triagem e seleção, mesmo em sectores como as tecnologias de informação que visivelmente estão em contraciclo com a economia nacional. Mas as mudanças não residem só no tempo que as empresas levam a escolher. As prioridades também são outras, tal como os argumentos utilizados para captar e reter os melhores talentos.
Segundo o estudo da Hays, “a larga maioria dos inquiridos (80,4%) dá mais valor à experiência profissional do que à formação académica no processo de recrutamento”. Contudo, de uma lista de 20 fatores que podem determinar a escolha de um candidato 66,6% dos empregadores escolheram a proatividade e o dinamismo como a característica que mais pesa na decisão final, logo seguida da capacidade de adaptação e polivalência, capacidade de trabalho, apetência para trabalhar em equipa, sentido de ética e valores e do potencial de crescimento do candidato. Preferências que para a líder da Hays Portugal espelham uma clara mudança do que as empresas esperam dos colaboradores e do modo como estes encaram o trabalho.
“Cada vez mais os colaboradores estão a orientar-se para uma visão da empresa global onde a sua intervenção é solicitada também globalmente, deixando de estar restrita à sua área de atividade ou à função para a qual foram contratados. O mesmo sucede por parte dos recrutadores: querem colaboradores proativos e capazes de pensar além do seu horizonte”. Um candidato que reúna estas características e que ao mesmo tempo saiba posiciona-se de forma competitiva no mercado, “valorizando constantemente a sua formação, dominando vários idiomas (castelhano, inglês, francês ou alemão) e aposte no desenvolvimento de competências comerciais e de negociação e na construção de uma sólida rede de networking, é um potencial alvo de recrutamento”, explica Paula Baptista.
Um recrutamento que não terá apenas como meta o mercado nacional. De acordo com o inquérito da Hays, 76% dos profissionais inquiridos confirmam total disponibilidade para aceitar ofertas de emprego internacionais privilegiando os destinos europeus e o continente americano. E apesar da adversidade do país, 78% dos profissionais que responderam ao inquérito consideram mudar de emprego este ano, sendo que mais de 60% estão ativamente à procura de novos desafios profissionais. Entre os principais motivos desta vontade de mudança estão as perspetivas de progressão e remuneração (60,5 e 55,4% das respostas), a satisfação profissional (47,1%), a qualidade ou importância do projeto (30,6%) e a vontade de sair de Portugal (26%). Por oposição a este último parâmetro, Paula Baptista desta o facto de 65% dos portugueses que trabalham no estrangeiro demonstrarem vontade de regressar ao país.
Em termos de remuneração, os profissionais com mais de cinco ou 10 anos de experiência continuam a liderar as tabelas remuneratórias nacionais. Apesar da ligeira quebra salarial, os salários anuais médios podem atingir os 115 mil euros em cargos de topo (diretores gerais) na indústria, ou os 98 mil euros na liderança de empresas farmacêuticas. Mas para Paula Baptista, independentemente do patamar de carreira “em 2013, as oportunidades estão do lado dos profissionais e das empresas que tenham a capacidade de se diferenciar e adaptar á realidade atual”.
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