Garante que conseguiu tudo isto na ANA. Hoje, a sua ambição é liderar os recursos humanos da empresa de modo a possibilitar aos seus colaboradores tudo isto e “criar condições para possam acrescentar valor à empresa todos os dias”.
No universo da ANA trabalham diariamente 1100 colaboradores, com uma média etária de 44 anos e uma escolaridade média de 13 anos. Colaboradores dos quais depende, segundo Nuno Ribeiro Ferreira, o desenvolvimento da empresa e talvez por isso o departamento de RH tenha na ANA uma importância vital. “Neste momento, em que alguns dos pilares da gestão da empresa estão condicionados, temos de ter mais criatividade para fazer mais com menos. No entanto, o que está em causa é garantir a sustentabilidade da empresa para o futuro e esse futuro depende, totalmente, do talento, esforço e dedicação das nossas pessoas”, explica o diretor de recursos humanos.
Para Nuno Ribeiro Ferreira a missão da empresa é “criar condições para que todos os que trabalham na ANA possam concretizar o seu potencial”. A empresa tem para 2012 algumas necessidades de recrutamento já identificadas, mas está ainda a avaliar qual o melhor processo para suprir essas necessidades, se o recurso à mobilidade interna de trabalhadores, se o recrutamento externo ou até um modelo misto.
Seja qual for a opção, o diretor de RH que ainda não tem um número de contratações previstas fechado, enfatiza que “a empresa perspetiva o recrutamento de um colaborador como se de um avultado investimento de longo prazo se tratasse. Desde logo porque estamos efetivamente a falar de um investimento de longo prazo, mas também porque o nosso desenvolvimento depende da capacidade que os novos recursos venham a acrescentar à empresa”.
A ANA tem uma metodologia de análise interna que permite identificar o percurso que a empresa quer percorrer num prazo de cinco anos. A metodologia incorpora, segundo o diretor de RH, as saídas, as alterações no ambiente externo e a concretização da estratégia definida pela empresa, a sua capacidade de promover o desenvolvimento interno para suprir as futuras necessidades e as alterações que se vão verificando no mercado.
É nesta estratégia que se insere, de resto, um dos programas mais emblemáticos da ANA: o programa Capital Humano. “A capacidade da ANA ultrapassar os desafios futuros depende em grande parte do seu capital humano, do seu alinhamento com a empresa e potencial de evolução. Torna-se por isso imperativo que a ANA conheça e desenvolva de forma estruturada o seu supply chain de talento”, explica Nuno Ribeiro Ferreira. O Projeto Capital Humano centra-se no desafio imediato de preparar o futuro da ANA Aeroportos de Portugal, conhecendo e mapeando o seu talento atual de forma a responder a necessidades futuras de recursos humanos para o desenvolvimento organizacional. Aqui são identificados os pontos fortes e necessidades de desenvolvimento de todos os colaboradores da empresa, de modo a desenhar programas personalizados de acompanhamento futuro.
Na constituição da sua equipa, o diretor de RH da ANA valoriza sobretudo a capacidade de aprender, de querer saber mais e fazer mais e melhor. Mas para Nuno Ribeiro Ferreira, triunfar atualmente no mercado laboral tem muito que se lhe diga. O líder defende que “é importante em primeiro lugar acreditar no objetivo, depois ter paixão pelo que se faz e ter uma dedicação correspondente a essa paixão”. E enfatiza que o sucesso pode passar pelo candidato criar o seu próprio mercado, ainda que reconheça: “Portugal tem talento, falta só capacidade de arriscar”.
Não ter excessivas limitações na procura de emprego, reforçar a competitividade no mercado apostando em formações ajustadas às necessidades existentes, definir um mercado alvo e adaptar o perfil às suas necessidades, são para Nuno Ribeiro Ferreira fatores que podem ajudar um candidato a conseguir encontrar emprego na atual conjuntura. Uma conjuntura que há muito já obriga os candidatos a mostrar o seu valor enquanto indivíduos, antes mesmo de os remunerar em conformidade.
Nuno Ribeiro Ferreira
35 anos
Diretor de Recursos Humanos da ANA Aeroportos de Portugal
Formação:
É licenciado em Psicologia Social e das organizações pelo ISCTE, pós-graduado em Gestão pelo INDEG/ISCTE e possui um MBA, pela Universidade Nova de Lisboa.
Percurso:
Desde os 15 anos que teve, regularmente, diversas experiências profissionais, mas o seu primeiro emprego a full-time foi na ANA Aeroportos, aos 24 anos. Entrou na empresa em 2001 como Júnior para a área dos Recursos Humanos e em 2003, com a reorganização de alguns serviços e a criação da unidade de Serviços Partilhados, foi convidado para liderar a centralização das atividades de aquisições. Em 2007 regressa à direção de recursos humanos para liderar a área de Desenvolvimento de Recursos, que um ano mais tarde se transformou na Divisão de Gestão Estratégica de Pessoas. Em 2010 assumiu o cargo de diretor de Recursos Humanos da ANA Aeroportos de Portugal.
Desafio atual:
“Manter elevados os níveis de mobilização e motivação que sempre caraterizaram os trabalhadores da ANA”, refere.
Princípio de gestão quotidiana:
“Criar condições para que todos aqueles que trabalham connosco possam concretizar o seu potencial. É sempre esta a primeira mensagem que tento transmitir. A nossa função é, através da gestão, criar condições para que os outros possam acrescentar valor à empresa todos os dias”.
Família:
Casado e pai de dois filhos (com o terceiro a caminho).
Hóbis:
A grande maioria do tempo que tem disponível, fora da sua atividade na ANA, dedica-o à família. Pai de filhos pequenos, todo o tempo é pouco para estar com eles. Mas sempre que se proporciona, gosta de jogar basquetebol.