Magellan MBA Followers arrancou em novembro de 2010, com o objetivo de dar às empresas a possibilidade de detectarem e testarem os alunos do Magellan MBA, e assim perceberem qual o que melhor se adequaria ao perfil da sua organização. O programa está estruturado em função das empresas, mas nesta relação lucram ambos os intervenientes: alunos e organizações envolvidas. Para Paula Rodrigues, coordenadora do serviço de Gestão de Carreiras da EGP-Univerity of Porto Business School (entidade mentora do projeto), “o programa é inédito entre as business schools em Portugal e coloca em contacto empresas de topo com alunos de MBA que se encontrem numa fase inicial do programa”.
Foi o caso de Patrício Carvalho que durante um ano integrou este programa. Tal como a grande maioria dos seus colegas, a frequência deste curso acabou por ditar uma mudança no rumo da carreira. Licenciado em Medicina Veterinária, Patrício Carvalho exercia a sua formação inicial quando integrou o The Magellan MBA, mas no decorrer do curso percebeu o enorme potencial para alcançar novas competências profissionais.
O jovem profissional realizou o seu internship ao abrigo do Programa Followers numa das empresas do grupo RAR, a Acembex especializada no desenvolvimento de soluções para o sector agroalimentar, e acabou por ser contratado depois de ter respondido com sucesso ao desafio lançado pela organização. “A experiência foi extremamente positiva, tendo tido a oportunidade de participar no estudo de oportunidades de mercado, analisar transversalmente as operações da empresa e, acima de tudo, verificar o focus da Acembex na valorização dos seus parceiros, fornecedores e clientes”, relembra Patrício Carvalho que parece ter deixado para trás o exercício clínico da medicina veterinária.
Na sua primeira edição o The Magellan MBA Followers contou com a adesão de 10 empresas - entre elas a BIAL, RAR, EDP, BES, AMORIM, MILLENIUM BCP, CEREALIS - que identificaram um mentor interno e durante um ano letivo acolheram um aluno lançando-lhe desafios que permitem avaliar o seu desempenho e as suas competências. A edição deste ano contará com 13 empresas participantes, mas segundo Paula Rodrigues os princípios são os mesmos, “por um lado proporcionar às empresas um contacto antecipado, privilegiado e em primeira mão com os alunos do Magellan MBA, possibilitando uma forma eficaz, atempada e proativa de identificar talento e funcionando também como uma iniciativa de atração de talento e de employer branding. Por outro lado, o programa cria um contexto muito favorável para o aluno conhecer de forma privilegiada, empresas, funções e projetos e para se dar a conhecer a estas empresas”.
A coordenadora do serviço de gestão de carreiras da EGP-UPBS não tem dúvidas de que se trata de “uma iniciativa que gera ótimas condições para que o aluno consiga dar visibilidade aos seus talentos de forma concreta, o que na maior parte das vezes não seria possível mostrar através de um CV ou até de uma entrevista”. Paula Rodrigues acrescenta que “tendo em conta que a maior parte dos alunos do The Magellan MBA pretendem fazer e fazem grandes mudanças de carreira após o MBA, é muito importante criar contextos que lhes permitam dar-se a conhecer como um todo e mostrar o que valem em áreas e projetos para os quais não apresentam experiência formal”. Uma iniciativa que para a EGP-UPBS tem potencial de crescimento e é cada vez mais decisiva para os alunos em matéria de desenvolvimento de carreira.
“O conhecimento já não é diferenciador”
Paula Rodrigues
Coordenadora do serviço de Gestão de Carreiras da EGP-UPBS
P: Da experiência que tem no serviço de gestão de carreiras da EGP-UPBS, que competências têm atualmente de possuir os jovens para triunfarem no mercado laboral?
R: Como refere Daniel Pink, vivemos numa era de high-touch e high-concept, na qual o conhecimento já não é diferenciador. Competências comunicacionais e relacionais, capacidade de inovar, relacionando conceitos e ideias muito diversos, capacidade de lidar e gerir a mudança e um forte sentido de empreendedorismo, mesmo para quem trabalha por conta de outrem (intreperneur), de fazer acontecer e de acrescentar, são factores determinantes.
P: Participar em programas deste tipo pode ser um caminho para a empregabilidade?
R: Diria que nenhuma iniciativa, por si só, é garantia de empregabilidade. Numa era em que já não se procura talento, mas sim o melhor talento, a EGP-UPBS tenta criar todas as condições para que os alunos possam desenvolver a sua carreira. Contudo, a gestão da carreira é da responsabilidade de cada aluno e tem muito a ver com a forma como estes aproveitam as ferramentas e as aprendizagens que adquirem no MBA e, também, com a sua capacidade de diferenciação e de construir e dar visibilidade à sua marca pessoal.
P: Quantos alunos já envolveu o The Magellan MBA Followers?
R: Na sua primeira edição, o programa envolveu 85% dos alunos do Magellan MBA. Em termos de qualificação, aprendizagem, experiência e networking, é sem dúvida uma aposta ganha.
P: Que metas futuras tem a EGP-UPBS para este programa?
R: Em relação ao magellan MBA é de esperar que no futuro este programa veja consolidada a sua posição como um dos MBA full-time de referência na Europa. O programa Followers é um exemplo de uma das caraterísticas mais marcantes deste programa, que é a forte ligação aos meios empresariais. Mas há outras dimensões e sucessos recentes que potenciam uma evolução promissora. Refira-se, por exemplo a dupla acreditação internacional (AMBA, EPAS/EFMD) que o Magellan MBA possui, a maior taxa (60%) de alunos internacionais em qualquer MBA acreditado em Portugal e a sua entrada para o Top 30 dos MBA Rising Stars 2011. Há ainda que salientar as vitórias alcançadas pelos nossos alunos em 2010 e 2011, em competições internacionais de MBA e empreendedorismo, o track record dos nossos Alumni (patente, por exemplo, no facto de 4 das 20 empresas do PSI-20 serem dirigidas por CEOs alumni neste MBA) e a crescente rede internacional de alunos.