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"Caça talentos" inovam

O «head hunting» já deixou de ser um exclusivo dos executivos
31.08.2007


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Marisa Antunes
Não estão posicionados nos topos hierárquicos mas são peças fundamentais na rentabilidade e nos lucros das empresas. Ocupando lugares intermédios na pirâmide organizacional, os comerciais, os chefes de equipa, os gestores de produto e de marketing passam por um momento de valorização crescente, mais notória devido à crise económica dos últimos tempos. Cientes da sua importância, as empresas perscrutam o mercado em busca destes profissionais, que além da óbvia competência no exercício da sua actividade, devem possuir ainda um sentido de grande responsabilidade, capacidade de liderança e de trabalho em grupo.

A confirmar esta tendência no mercado de trabalho, a Palmon Sales Force Search assume uma abordagem em tudo idêntica às empresas de «executive search», mas direccionada para os quadros intermédios já no activo que, por regra, não costumam responder a anúncios. “A crise fez os empregadores perceberem que precisam de pessoas alinhadas com a estratégia empresarial. E não há outra via para chegar aos resultados que não seja ir buscar pessoas qualificadas para os lugares-chave”, realça a presidente da empresa, Ana Sofia Portela.

Criada há um ano, a Palmon Sales Force Search utiliza a metodologia de pesquisa directa (usada no «executive search») para o recrutamento de quadros das áreas de marketing e vendas. “A nossa experiência tem sido na banca, seguros, ramo automóvel, indústria farmacêutica, grande distribuição e empresas de tecnologias de informação”, pormenoriza a responsável. “Partindo de um diagnóstico onde é traçado o perfil da empresa-cliente, analisamos os seus resultados, valores e a sua cultura. Os candidatos são depois avaliados. É fundamental, por exemplo, perceber que tipo de liderança exerce e se é compatível com o grupo onde se pretende inseri-lo”, explica Ana Portela.

Concretizados os contactos com os candidatos, são elaborados testes de personalidade, avaliadas as competências técnicas, percurso profissional, características comportamentais e os resultados atingidos, sendo ainda solicitadas e confirmadas todas as referências. Na terceira fase do processo de recrutamento, que na sua totalidade dura entre 45 a 60 dias, é apurada uma «short-list» com os melhores candidatos que serão então apresentados ao empregador que vai dirigir as entrevistas que determinam qual a melhor pessoa para o cargo.

A maioria dos convites dirige-se a profissionais que trabalham na concorrência, mas cada vez mais surgem pedidos por parte dos clientes para que a selecção incida em pessoas com tarefas similares mas num sector diferente, privilegiando-se assim uma maior dinâmica e polivalência do candidato. Como acrescenta a responsável da Palmon, as multinacionais e as empresas de dimensão razoável são os principais clientes deste tipo de selecção para cargos intermédios, mas também as PME, a pouco e pouco, começam a aderir a esta metodologia de recrutamento.





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