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Metodologias de estudo



01.01.2000



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Metodologias de estudo

Os principais métodos em cronobiologia são de dois tipos: métodos biométricos e de auto-avaliação. Um dos principais métodos biométricos é a actigrafia, isto é, o registo dos graus de actividade ao longo do dia, por vários dias. O dispositivo (actímetro) possui um acelerómetro que regista variações de movimentos. É do tamanho de um relógio de pulso e é colocado num dos pulsos. Pode efectuar registos contínuos por períodos de até cerca de 30 dias. Um interface permite a passagem dos registos para um computador e posterior análise cronobiológica.

Outros dispositivos de registo usados em cronobiologia em geral e no TT em particular são os medidores ambulatórios de tensão arterial e frequência cardíaca (os mapas) e medidores de temperatura rectal ou auricular, resistência eléctrica da pele, actividade eléctrica cerebral (polígrafos ambulatórios). Muitas funções implicam colheitas periódicas ( por exemplo, de cortisol salivar) ou cateteres.

Os métodos de auto-avaliação incluem escalas visuo-analógicas ( uma recta segmentada com dígitos a que correspondem intervalos de uma dimensão subjectiva e em que o indivíduo assinala com uma cruz), questionários padronizados, escalas do tipo Likert e autorritmometria. Na autorritmometria o indivíduo regista de forma simples a ocorrência de determinados eventos em folhas apropriadas, com indicação das horas (ou dias ou meses) em que ocorrem.

Na nossa Unidade I&D de Psicofisiologia e Neuropsicologia possuímos diversos instrumentos para estudos cronobiológicos: a versão portuguesa do Standard Shiftwork Index, uma bateria de questionários e escalas padronizadas que permitem efectuar estudos comparativos com amostras de outros países da EU, a Escala de Sonolência, a Métrica de Ritmos Sociais (que permite registar e medir variações de ritmicidade social), o questionário de Matutinidade/Vespertinidade de Horne e Oestberg, 6 actígrafos, um polígrafo EMBLA de 16 canais (ambulatório) e lâmpadas solares para fototerapia (terapia pela luz).

Com estes instrumentos têm sido realizados diversos estudos em colaboração com centros de investigação europeus e americanos; 1 projecto institucional do Centro de Estudos de Educação e Psicologia da Universidade do Minho (CEEP), 31 projectos de mestrado, diversos deles financiados pela FCT e projectos de doutoramento igualmente financiados pela FCT. Com um financiamento da Fundação Bial, decorre nesta Unidade I&D um projecto pioneiro na EU sobre ritmos biológicos, noção do tempo e tolerância ao TT, em colaboração com a Universidade de Swansea.

As amostras mais estudadas por nós em Portugal são de enfermeiros, médicos, agentes de segurança pública, trabalhadores da indústria metalomecânica, cimenteira, química e agro-alimentar. Têm sido publicados diversos trabalhos nossos em revistas estrangeiras como referência.
Destes estudos não só têm sido desenvolvidos modelos preditores da tolerância ao TT na população portuguesa, como têm sido desenvolvidos instrumentos e metodologias de âmbito cronobiológico para uso em gestão de recursos humanos, nomeadamente selecção/recrutamento de pessoal e reconversão dos mesmos recursos.

Fonte RHM (continua)






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