Francisco Pinho
Sonhava ser futebolista, mas tinha pouca
força de vontade. Foi através da música que o seu
negócio surgiu. Francisco Pinho tem 34 anos e é o Director
da empresa Media Fashion. Uma empresa dedicada à produção
de suportes digitais para fins publicitários e/ou promocionais
para empresas, jornais, revistas, etc.
Quando era pequeno o que sonhava ser quando fosse
grande?
Sonhava ser futebolista. Ainda cheguei a jogar à
bola durante alguns anos, até tinha jeito, mas na vida não
chega ser só bom nas coisas, é necessário ter uma
grande força de vontade. Pode-se vencer apenas por duas razões:
pelo talento ou pela força de vontade. Mas o melhor é conciliar
as duas.
Como foi o seu percurso profissional?
Eu sempre fui um péssimo aluno. Demorei algum
tempo a acabar o 12º ano. Acabei-o com 22 anos. Trabalhei durante
meio ano nos CTT, no sector informático. Nesta altura já
fazia algumas coisas relacionadas com a área à qual me dedico
hoje. Basicamente o meu percurso profissional foi sempre dentro desta
área.
Como surgiu a Media Fashion?
Este negócio surge porque eu gostava muito
de música e, como não tinha jeito para tocar, decidi fundar
uma editora e começámos a editar discos. Chegámos
a editar alguns discos, algumas bandas chegaram mesmo a ter alguma projecção,
mas cheguei à conclusão que podia ter o melhor disco nas
mãos mas, se não havia dinheiro para aparecer nas rádios,
nas televisões e nos jornais, não se vendia. Na altura eu
já era uma pessoa com muita imaginação, e já
fazíamos alguns CD's de bandas com uma apresentação
fora do vulgar. Foi então que começaram a surgir clientes,
que tinham visto algumas das nossas apresentações e que
gostaram. Pediram para eu lhes fazer CD's e depressa comecei a descobrir
um negócio que para mim não envolvia qualquer tipo de risco.
Mudámos completamente a filosofia do negócio, abriu-se uma
empresa, a editora passou a funcionar apenas como hobbie e este passou
a ser o nosso grande negócio. A empresa tem cerca de quatro anos.
O nosso negócio "rola", acima de tudo, de boca em boca.
As pessoas acham muito giro tudo o que nós fazemos e começámos
a dar estes pequenos passos. Não me lembro de nenhuma empresa,
assim de peso, para a qual não tenhamos feito um trabalho. Orgulhamo-nos
muito disso.
Quais são os principais objectivos da empresa?
O nosso objectivo não é ser um dos maiores
mas sim um dos melhores, e penso que nesse âmbito estamos no bom
caminho. Nós trabalhamos com empresas de grande prestígio,
o nosso lema não é ser competitivo nos preços: é,
acima de tudo, ter ideias, fazer coisas diferentes, cumprir prazos e fazer
coisas em grandes quantidades.
O que é que a empresa pode oferecer aos
seus clientes?
Nós acima de tudo oferecemos suportes digitais:
CD, DVD, o CD-ROM e o Shape CD. Desenvolvemos os conteúdos e fornecemos
os conteúdos. O nosso negócio divide-se em duas áreas
distintas: os suportes, onde duplicamos esses suportes, e os conteúdos,
onde nós fazemos uma apresentação multimédia
e fornecemos músicas. Depois a agência faz o design. Apresentamos
o projecto ao cliente e depois nós entregamos o produto todo feito.
Oferecemos aos nossos clientes, para além dos suportes, conteúdos
com música e conteúdos interactivos.
Planos para o futuro?
Já chegámos à conclusão
que Portugal é pequeno demais para nós. Neste momento estamos
a preparar um catálogo em inglês. Estamos também a
traduzir o nosso site para inglês e espanhol, uma vez que ele se
encontra apenas em português. Pretendemos que pessoas de outros
países tomem conhecimento da nossa empresa, que venham visitar
o nosso site e que nós comecemos a vender este tipo de ideias para
tudo o que é sitio à volta do Mundo. Temos muita facilidade
em fazer coisas e a entregá-las seja onde for. Vamos abrir uma
empresa em Espanha que se vai chamar Media Fashion Espanha. Nós
temos ideias e queremos, nos próximos seis meses, começar
a fazer trabalhos com mais frequência e para todo o Mundo.
VD