Vítor Andrade vandrade@mail.expresso.pt O FIM de mais um ano lectivo é também sinónimo de aumento de desemprego. É desagradável, mas é exactamente assim. A partir do fim deste mês haverá seguramente mais alguns milhares de recém-licenciados em busca do seu primeiro emprego. Como se isso não fosse tarefa já suficientemente ingrata, junta-se-lhe ainda o facto de nos encontrarmos no meio de uma grave crise económica, com a generalidade das empresas a reduzirem efectivos ou a não aceitarem novas contratações. Para não ficarem sem nada para fazer, muitos recém-licenciados vão acabar por continuar a estudar em pós-graduações ou em mestrados. Uma espécie de manobra de diversão para enganar o fantasma do desemprego. Perante a gravidade de uma situação assim, pouco mais resta do que apelar à capacidade empreendedora dos portugueses. A criação de riqueza é a nossa única saída.