Vítor S. Andrade
vandrade@mail.expresso.pt
O MODELO económico assente no trabalho intensivo
e nos baixos salários, que durante décadas se cultivou em
Portugal, está esgotado.
É estranho verificar, aliás, que uma boa parte do desemprego
está a crescer à custa de mão-de-obra licenciada.
Isto só demonstra que, para muitos empresários, a grande
aposta ainda é a mão-de-obra barata, sem qualificações.
Estão profundamente errados os que pensam assim. Portugal acabou
de entrar na grande competição europeia, e a partir de agora
temos que nivelar as nossas competências pelo que de melhor existe
à escala global.
Temos que deixar de pensar pequeno, para nos podermos bater de igual para
igual com os pesos-pesados da economia mundial.
Precisamos de empresários de fibra, de mão-de-obra superqualificada
e de uma atitude de combate perante o trabalho. Temos que inovar, e provar
a nós próprios que somos tão capazes como os melhores.