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UE cria metas para a educação

27.06.2003


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Ruben Eiras

A COMISSÃO Europeia estabeleceu recentemente cinco indicadores para a melhoria dos sistemas de educação e formação na UE até 2010.

Esta medida vem no seguimento do cumprimento da Estratégia de Lisboa, que visa transformar a Europa numa sociedade do conhecimento competitiva até aquela data.

Os cinco indicadores são os seguintes: o número total de graduados em matemática, ciência e tecnologia na UE deverá aumentar pelo menos 15%, ao mesmo tempo que a desigualdade entre os sexos deverá diminuir; pelo menos 85% da população até aos 22 anos deverão ter completado o ensino secundário;

a percentagem de insucesso escolar em literacia até aos 15 anos deverá ter diminuído pelo menos 20% em comparação com o ano 2000; o nível de participação na aprendizagem ao longo da vida deverá ser de, pelo menos, 12,5% na população activa; e o abandono escolar não deverá ultrapassar os 10%.

Uma tarefa que não se vislumbra de fácil concretização para Portugal, que se debate nos últimos lugares da tabela nos capítulos da educação e formação, em particular nalguns dos indicadores de "benchmarking" definidos pela Comissão. Por exemplo, o abandono escolar situa-se nos 45%, a taxa de formação contínua de activos é de 3,8% e apenas 20% da população activa possui o ensino secundário completo.

O cumprimento destes cinco indicadores começará a fazer parte integrante do relatório do Conselho da Primavera a partir de 2004. Viviane Reding, comissária europeia para a Educação e Cultura, refere que a Europa necessita de alvos ambiciosos na área educativa e formativa para medir e reforçar os esforços comuns.

"Estes indicadores de 'benchmarking' serão utilizados como uma forma de estimular o intercâmbio de experiências e de novas formas de pensar sobre abordagens políticas. Este exercício comparativo permitirá aos Estados-membros aprenderem uns com os outros", salienta aquela responsável.

Conhecimento para negócios


O objectivo desta aprendizagem "intergovernamental", segundo Viviane Reding, é criar instituições de formação ao longo da vida de primeira categoria em todos os Estados-membros da UE.

"É uma via crucial para termos uma força laboral mais qualificada, flexível e também uma sociedade mais coesa e criativa",
sublinha. Isto para que a investigação fabrique produtos de qualidade e estimule a transformação do conhecimento em oportunidades de negócio.





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