Cátia Mateus
NUMA altura em que a taxa de desemprego entre os licenciados
assume valores preocupantes, agravados muitas vezes pela questão
da interioridade, a Universidade da Beira Interior (UBI), sedeada na Covilhã,
propõe-se ajudar os jovens estudantes a ultrapassar as barreiras
de comunicação que os separam da inserção
na vida activa. Esta instituição de ensino superior, através
da sua associação académica (AAUBI) e do gabinete
de saídas profissionais, promove durante a próxima semana
- de 5 a 8 de Maio - a segunda edição da Feira de Emprego
da Beira Interior (FEBI).
O pólo de engenharias da UBI acolhe durante quatro dias um evento
que, apesar de somar apenas duas edições, é já
uma referência regional em matéria de apoio à integração
no mercado de trabalho.
A FEBI 2004 colocará ao dispor da comunidade estudantil e da
sociedade em geral um conjunto de ferramentas essenciais para vencer
o desemprego e aceder ao mundo laboral, agora acentuado pelas repercussões
da conjuntura económica desfavorável que afectou o país
nos últimos anos.
Para a AAUBI, "o objectivo desta iniciativa é desenvolver
as relações entre o tecido empresarial e os jovens licenciados
e finalistas". Os responsáveis pela organização
do evento acreditam que "a realidade social que o país
atravessa, e em concreto a região da Beira Interior, levam a
que a realização deste tipo de iniciativas seja cada vez
mais preponderante para os estudantes e em particular para os recém-licenciados".
Neste contexto, a FEBI resulta de uma parceria entre a UBI e várias
instituições de ensino superior da região como
o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e o Instituto Politécnico
de Castelo Branco (IPCB). A meta é que este evento se torne numa
forma simples e directa de dar a conhecer oportunidades de emprego aos
jovens estudantes e recém-licenciados.
Na feira estarão presentes 22 "stands" que difundirão
informação sobre o mercado local de trabalho, as novas
oportunidades e metodologias de integração na vida activa.
Locais onde o candidato a emprego poderá dar-se a conhecer deixando
o seu currículo.
À iniciativa, associaram-se entidades como o Instituto Português
da Juventude; Instituto de Emprego e Formação Profissional;
INATEL; Ordem dos Engenheiros; Cruz Vermelha Portuguesa, Força
Aérea; Núcleo Empresarial da Região da Guarda (NERGA)
ou Núcleo Empresarial da Região de castelo Branco (NERCAB).
Além destas entidades estarão representadas empresas comerciais
e de recursos humanos.
Segundo a AAUBI, "verificou-se um aumento considerável
na participação das diversas entidades e empresas na Feira
de Emprego". A associação adianta ainda que "na
última edição da feira, a maioria dos licenciados
que entregaram o seu currículo nos 'stands' presentes encontrou
emprego".
Aveiro dá exemplo
A APOSTA na realização de feiras de emprego como forma
de estreitar a ligação entre os estudantes e as entidades
empregadoras é uma tendência em evolução
no país.
A par da FEBI 2004, promovida pela UBI, também a Universidade
de Aveiro (UA) promove a sua Feira de Emprego. Entre 4 e 6 de Maio,
o Campus Universitário de Santiago é o palco privilegiado
para a inserção na vida activa.
Nesta que é a quarta edição da Feira de Emprego
da UA estarão representadas mais de uma dezena de empresas, associações
sectoriais e agências de recrutamento.
Além das empresas, estarão também presentes uma
entidade representativa de 17 associados do sector da Electrónica
e Telecomunicações (INOVA-RIA), vários organismos
ligados à formação e emprego, bem como agências
de recrutamento e selecção especializadas em diversas
áreas.
Em comunicado, a UA fez saber que "a feira tem como objectivo
central a promoção do diálogo entre os finalistas
e recém-licenciados e os potenciais empregadores".
O certame integra também uma componente formativa já que,
paralelamente ao evento, várias entidades ligadas à formação
vão dar a conhecer aos estudantes técnicas de procura
de emprego e programas de estágio nacionais e estrangeiros.