Cátia Mateus
O «surf» continua na moda e movimenta cada vez mais turistas. Os empresários já ‘acordaram' para esta área de oportunidades que ameaça ser um dos «clusters» de futuro no país. A comprová-lo está o facto da agência DNA Cascais ter distinguido exactamente dois projectos ligados ao «surf» e ao seu potencial turístico, como vencedores do 1º Concurso de Escolas Empreendedoras de Cascais (CEE) e do Concurso de Ideias e Negócios de Cascais (CINC), igualmente na primeira edição.
Da mente de Benjamim Richter, um alemão a residir em Cascais, saiu o projecto do Surfpark — um parque escolar para a aprendizagem de «surf» e «bodyboard» — que se sagrou vencedor do Concurso de Ideias e Negócios de Cascais, entre seis projectos previamente seleccionados num conjunto de 74 candidaturas em áreas ligadas ao turismo, ambiente, comércio, energia ou saúde.
Inovação, exequibilidade, impacto social e económico foram alguns dos critérios que conduziram à decisão do júri. O objectivo deste concurso é, segundo Carlos Carreiras, presidente da DNA Cascais, “identificar negócios emergentes e projectos inovadores, susceptíveis de potenciar a criação ou reforço de novas empresas”. Benjamin Richter, vencedor desta primeira edição, terá acesso a um prémio de 2500 euros e irá representar Portugal na final da PITCH07, organizada pela SIMFONEC (Universidade de Londres), onde serão apresentados Planos de Negócios de toda a Europa.
Numa outra vertente, a do Concurso de Escolas Empreendedoras de Cascais, o «surf» voltou a estar em destaque. A escola secundária de S. João do Estoril venceu o concurso com um projecto de criação do Wavepark, uma escola de «surf» moderna, com ondas artificiais que complementa a sua actividade principal — ensino do «surf» — com áreas de lazer, vestuário e restaurantes. A meta é estimular o convívio, a adrenalina e a diversão.
A este concurso concorreram 111 projectos originais, exequíveis e susceptíveis de gerar um novo produto, serviço ou mercado. A iniciativa envolveu mais de dois mil alunos e 40 professores das escolas do concelho de Cascais. Números que sustentam a adesão e avaliação positiva que o modelo pró-empreendedor da Agência DNA Cascais tem vindo a adquirir junto da comunidade e também de outras autarquias já interessadas em replicar o conceito.
Porto, Odivelas e Amarante são três das oito autarquias que já se preparam para reproduzir o programa de sucesso. Sete meses depois do seu arranque, são já 12 as empresas apoiadas pela Agência DNA. Projectos esses que deverão gerar no concelho qualquer coisa como 140 postos de trabalho. Um investimento que deverá continuar a crescer já que o objectivo é fazer de Cascais um verdadeiro viveiro de empreendedores.