Três dias para pensar o futuro
O recinto da FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, recebe a partir de quarta-feira uma nova edição da Futurália. O evento abraça novamente a missão de promover a importância da formação e qualificação, mostrando as melhores ofertas na área, nacionais e estrangeiras, e levando os jovens a pensar o seu futuro. A organização espera 53 mil visitantes nos três dias do evento.
08.03.2013 | Por Cátia Mateus
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Arranca na próxima semana a edição 2013 da Futurália, o salão nacional da oferta educativa, formação e emprego, este ano sob o lema “uma feira para todos”. De 13 a 16 de março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações em Lisboa, mais de 40 expositores, nacionais e estrangeiros, com vocação formativa estarão representados num evento que atrai anualmente largos milhares de visitantes, entre alunos, escolas e pais. Para a organização do certame, a Futurália reveste-se este ano de desafios reforçados. Em tempo de adversidade importa demonstrar que “a educação e o conhecimento não são bens acessórios, mas factores fundamentais”, como enfatiza Alzira Ferreira, gestora do evento.
Durante três dias a importância da qualificação, sobretudo em cenários de adversidade económica, vai estar no centro de todos os debates na FIL. Alzira Ferreira reforça o papel determinante que o certame tem vindo a assumir enquanto facilitador das escolhas e opções formativas de muitos jovens e adianta que, nesta edição como nas anteriores, “a Futurália procurará agregar valor para além da mostra de formação propriamente dita, apresentando ao seu público um vasto conjunto de informação tratada e promovendo o debate e o esclarecimento em torno de questões vitais na área da formação, qualificação e empregabilidade”.
À semelhança do que vem sendo prática nas várias edições do certame, a Futurália estará este ano novamente dividida por áreas funcionais. Uma primeira área de exposição ocupará os pavilhões 2 e 3 do recinto de exposições da FIL, onde estarão distribuídos cerca de 400 expositores, entre instituições de ensino, institutos públicos e empresas, centros de formação cujo elo de ligação entre si e com o público é sempre a componente da formação e da valorização profissional. Mas o certame conta com outros aliciantes.
Direcionado a um público maioritariamente composto por estudantes do 9º ao 12º ano, mas também a profissionais no ativo que procuram oportunidades de valorização profissional, a Futurália 2013 “divulgará um leque diversificado e amplo de opções que possibilitará aos jovens decidirem o seu caminho académico e profissional, aos recém-licenciados encontrarem soluções de formação avançada de modo a maximizarem as suas competências profissionais ou estimularem o seu perfil empreendedor, e aos profissionais já inseridos no mercado de trabalho, descobrir novas possibilidades de valorização académica, profissional e pessoal, apostando na formação ao longo da vida”. Uma ambição que para Alzira Ferreira faz, agora mais do que nunca, “todo o sentido”. Para a gestora da Futurália, “é fundamental não esquecer a importância da qualificação e da flexibilidade de competências, essencial num mundo em constante mudança, sobretudo em cenários como o que atualmente vivemos em Portugal”.
Para a responsável, é igualmente importante que apesar das dificuldades as famílias estejam unidas no tema da formação dos jovens. A pensar nisto, a organização recuperou da edição passada o espaço Pais Futurália, onde as instituições de ensino – nacionais e estrangeiras – se apresentam aos país em sessões dinâmicas com duração de oito minutos que servem essencialmente para esclarecer dúvidas em relação a temas como as propinas, bolsas de estudo, alojamento e outras. “Fala-se hoje muito do abandono escolar ao nível do ensino superior, como no passado também se falou desse mesmo abandono no ensino secundário. Nunca são demais as iniciativas que possam apelar às famílias e ao Governo, porque essa também é parte da sua missão, para apoiar os jovens na orientação do seu futuro”, explica Alzira Ferreira.
Menos ambiciosa em relação a metas do que no ano passado, a gestora do evento gostaria de superar o número de visitas realizado na última edição, mas acredita que a manter-se o mesmo número – cerca de 53 mil visitantes em quatro dias de certame – o saldo será extremamente positivo. Além da exposição, a Futurália agregará ainda um vasto leque de eventos paralelos, onde se destacam workshops sobre temáticas relacionadas com a empregabilidade e a valorização profissional, conferências e palestras, mas também será dado um enfoque muito especial no empreendedorismo enquanto ponte para o autoemprego. O plano de atividades do evento pode ser consultado em www.futuralia.fil.pt, site a partir do qual os visitantes pode também preparar adequadamente a sua visita à feira. Uma tarefa que segundo Alzira Ferreira, poderá ajudar os visitantes a tirar o melhor partido do evento e os pais a estruturarem as suas dúvidas.
Paragens obrigatórias:
. Mostra de empresas e instituições de ensino. Mais de 400 expositores estarão disponíveis na área de 20.000m2 que ocupam os pavihões 2 e 3 da Feira Internacional de Lisboa. Empresas, instituições e organismos públicos e privados com vocação formativa – universidades, institutos politécnicos, institutos e escolas superiores, escolas profissionais e tecnológicas, centros de formação, institutos de línguas, entidades com programas internacionais de intercâmbio ou estágio e outras instituições com ofertas na área da formação e inserção na vida ativa. Entre os expositores estão na edição deste ano 25 entidades estrangeiras, entre as quais se destacam Wentworth Military Academy & College e a Walter E. Heller College of Business Administration, entidades presentes na Futuralia através da embaixada dos EUA.
. Espaço Pais na Futurália. Porque este é um evento para todos e porque a edução é um tema de partilha, a edição deste ano da Futurália reservou um espaço para os pais onde estes podem esclarecer todas as suas dúvidas no que diz respeito às opções educativas dos seus filhos, nomeadamente no acesso ao ensino superior. Neste espaço, universidades e instituições de ensino (nacionais e estrangeiras) têm oito minutos para se dar a conhecer aos pais presentes no evento. O modelo de interação com os encarregados de educação, foi testado em 2012 com uma boa taxa de adesão. Um espaço que segundo Alzira Ferreira, está pensado “para que os pais ajudem os filhos a investir no seu futuro com conhecimento e segurança”. Requisitos de admissão, prazos de candidaturas, valor das propinas ou bolsas de estudo, são algumas das temáticas a abordar.
. Espaço FuturID. A criatividade e o empreendedorismo têm também espaço assegurado na Futurália. Neste espaço, estarão representados projetos inovadores e criativos nas mais diversas áreas. O objetivo é promover entre os jovens o espírito empreendedor e dinâmico, mostrando o que de melhor se faz nesta área nas escolas nacionais.
. Conferências, seminários e workshops, regressam também na edição deste ano com temáticas tão diversas como “profissionais do futuro: que competências?”, “As TIC na sociedade do conhecimento” ou a palestra de Ricardo Peixe, autor do livro “Emprego BOM e Já” ou os workshops “educação financeira para crianças e adolescentes” e “Orientação Vocacional, Académica e Profissional” entre muitos outros.
. “Job of my life”. A Agência Federal de Emprego Alemã estará presente no salão com o programa “Job of my life” que prevê a atribuição de bolsas de estudo de 800 euros mensais a jovens portugueses (dos 18 aos 35 anos) que queiram estudar na Alemanha nas áreas da engenharia, TI, turismo, saúde e mecânica. A agência tem cerca de 800 mil ofertas de emprego no seu site.
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