Cátia Mateus
AS JOVENS profissionais estão mais confiantes no desempenho das
suas funções do que a anterior geração laboral.
A conclusão é avançada pela Lee Hecht Harrison, uma
empresa especializada em serviços de carreira, e tem por base um
inquérito realizado junto de 134 profissionais de recursos humanos
com actividade há mais de 10 anos. Estas profissionais «seniores»
avaliaram a postura das jovens mulheres que agora ingressaram no mercado
laboral e 69% concluíram que a nova geração é
mais confiante em termos de desempenho do que a anterior.
Mais orientadas para a carreira e adeptas da mudança, assim são
descritas as jovens profissionais. De acordo com o estudo, 56% das directoras
de RH inquiridas acreditam que as mulheres com menos de 10 anos de carreira
promovem melhor as suas competências, manifestando aptidões
concretas para o seu «marketing» profissional. Numa percentagem
quase equivalente (59%), as profissionais seniores dizem acreditar que
as mais jovens mudam com maior facilidade o rumo da sua carreira.
Não menos relevante é a questão da conciliação
entre o trabalho e a família. Muito se diz sobre a dificuldade
que as mulheres têm em equilibrar estes dois factores, mas a verdade
é que as conclusões do inquérito mostram que 54%
das inquiridas acreditam que é hoje mais fácil para as
jovens profissionais equilibrarem os dois pratos da balança.
Uma realidade que poderá ser explicada com o facto de, segundo
o estudo, 62% das directoras de RH inquiridas constatarem que a nova
geração de profissionais está menos disposta a
trabalhar mais horas. Um indício de que as jovens profissionais
não estão dispostas a sacrificar outros aspectos da sua
vida em prole do trabalho.