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Tempo de mudança

O início do ano é uma época propicia a reajustes na carreira
29.12.2006


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Marisa Antunes Há quem as faça por escrito, detalhadas ou por tópicos. Outros registam-nas apenas na mente. Mas não há quem resista, nesta altura do ano, a fazer a sua lista de metas a alcançar durante os próximos 12 meses. O cumprimento desses objectivos podem fazer a diferença tanto ao nível pessoal como ao nível profissional.


Jorge Marques, presidente da Associação Portuguesa de Técnicos e Gestores dos Recursos Humanos (APG) propõe um exercício de meditação. “No início do ano, vale a pena as pessoas perguntarem-se se aquilo que fazem vai conduzir áquilo que querem", questiona Jorge Marques.

Para o especialista, a chave do sucesso profissional reside em focalizar a atenção nas potencialidades de cada um. “Nós que trabalhamos nas organizações, que aprendemos tanta coisa sobre a gestão, a liderança, a motivação, sobre todos os modelos de A a Z, de vez em quando deveríamos deixar-nos penetrar por tanta informação e transformá-la em conhecimento. Porque aprendemos que na vida das organizações, é preciso ter uma visão, ou seja, é preciso ter um sonho possível de realizar”.

Rui Alegre, CEO da Amorim Imobiliária é o exemplo perfeito de um homem de sucesso que consegue ultrapassar todos os desafios a que se propõe. Entrou na empresa em 1997, casou-se com a filha de Américo Amorim e separou-se seis anos depois. Muitos acharam que seria o fim da sua carreira dentro do grupo imobiliário. Mas o executivo demonstrou o seu mérito e permaneceu no topo: em 1997, os activos não iam além dos 100 milhões de euros e quase uma década depois, sob a sua gestão, esses mesmos activos ascenderam a mil milhões de euros, isto é, dez vezes mais.

Ambicioso e arrojado, Rui Alegre estabelece logo no início do ano as metas que pretende atingir. “Todos os anos, fazemos um seminário da qualidade, onde envolvo toda a organização para os projectos e estratégias da empresa”, conta o gestor. Depois, trimestralmente, o empresário reúne-se com a sua equipa e fazem o balanço do que foi conseguido e do que se pretende ainda alcançar. “As pessoas interagem umas com as outras, nos números, nas «performances», nas metas atingidas”, pormenoriza Rui Alegre. Subjacente a toda a sua gestão está um lema, admite: “É preciso fazer mais para além do bom”.

Para Jorge Marques, este é o caminho a seguir por aqueles que querem ter sucesso: “O desempenho excelente só se consegue com um investimento naqueles que são os pontos fortes”.

O especialista lembra que uma falha comum a muitos profissionais reside na inaptidão para reconhecer o seu verdadeiro potencial profissional. “Debatemo-nos sempre, desde a infância, com uma espécie de luta entre aquilo que são os nossos pontos fortes, com aquilo que são os nossos pontos fracos. O que fazemos, regra geral? Passamos uma vida a tentar recuperar os nossos pontos fracos e investimos pouco ou nada naquilo em que somos verdadeiramente competentes”.

Para concluir, Jorge Marques deixa uma reflexão de Dalai Lama: “Quando lhe perguntaram o que mais o surpreendia no mundo, ele disse que eram os homens, porque, dizia, perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E acrescentava, por pensarem ansiosamente no futuro, esqueceram o presente de tal forma, que acabavam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”.





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