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Temos que ser mais profissionais

22.08.2003


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Vítor Andrade
vandrade@mail.expresso.pt

O RECÉM-ELEITO presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários, Armindo Monteiro, acusa os portugueses - em especial os mais novos - de terem muitas ideias mas, depois, não as conseguirem concretizar - leia-se, transformá-las em empresas inovadoras e pujantes.

Critica o facto de as universidades não prepararem os jovens para o empreendedorismo e ainda a falta de visão estratégica em relação à aposta no mercado ibérico.

É um discurso que até poderíamos considerar adequado, não fosse o "pormenor" de que nem todos os jovens terão, porventura, espírito empresarial. Caso contrário não teríamos médicos, advogados, professores, consultores e outros profissionais sem os quais o país dificilmente funcionaria. Seríamos todos empresários.

Mas o que importa realmente transmitir, é que, naturalmente, pode-se ser empreendedor sem ter que se ser empresário.

Pode-se criar riqueza - além da estritamente económica - sem ser necessário gerir um negócio. Basta ser-se dono de um único requisito: ambição. Talvez de mais outro: inconformismo. Uma certa dose de bom senso e, por vezes, alguma humildade também não ficaria mal.

Mas ainda mais importante é que, em cada um dos activos deste país, haja a consciência clara de que quanto mais profissional se conseguir ser melhor para o bem-estar e para o desenvolvimento colectivo de Portugal.





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