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Reestruturações ditam desemprego

Metade do desemprego europeu resulta de reestruturações
03.08.2007


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Cátia Mateus
Entre Abril e Junho deste ano, a Europa perdeu 72 mil postos de trabalho, segundo o Relatório Trimestral do Observatório da Reestruturação Europeia (ERM). A maioria destas perdas (55%) teve por base processos de reestruturação empresarial. O Reino Unido é, à luz do relatório agora divulgado, o recordista no número de empregos perdidos no segundo trimestre deste ano.

No «ranking» das principais razões para esta redução europeia de postos de trabalho estão os processos de reestruturação que afectaram 335 firmas nestes meses. Logo a seguir figuram as falências e os encerramentos que representam 21% das extinções de emprego e as fusões/aquisições que ‘vitimam' 15% dos empregados europeus. Curiosamente, as deslocalizações correspondem apenas a 3,4% do total das perdas de emprego registadas na Europa durante o segundo trimestre do corrente ano.

O estudo, divulgado esta semana, refere que entre as empresas que mais contribuíram para esta perda de postos de trabalho figuram organizações como o Citigroup, a Nokia Siemens Networks e a Dell. O Reino Unido é quem lidera na lista dos países que mais empregos ‘matou', logo seguido da Polónia, Itália, Holanda e Alemanha. O ERM frisa mesmo que juntos estes países são responsáveis por 67% das perdas de trabalho na Europa.

Mas o relatório trimestral do ERM — que tem como base a recolha de dados publicados na comunicação social dos 27 Estados-membros e Noruega — esclarece que ao mesmo tempo que se registaram estas perdas, foram criados 95.588 empregos. Um número manifestamente superior que está sobretudo centrado em actividades ligadas à área comercial.

Só a Foxconn, na República Checa, criou cinco mil postos de trabalho em três meses. Igual número de novos empregos gerou o Dorchester Group of Companies, na Eslováquia.




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