Vítor Andrade
NA SEMANA em que se discutiu o Programa do Governo voltei a ouvir falar em combate ao desemprego através do fomento de grandes obras públicas, como o TGV, o aeroporto da Ota ou a terceira travessia do Tejo, em Lisboa.
É certo que estamos a falar de um sector de mão-de-obra intensiva, que dá trabalho a milhares de pessoas, mas também não nos podemos esquecer de que, actualmente, há cada vez menos portugueses a aceitar trabalhar naquela área. Ou seja, cada vez Portugal importa mais mão-de-obra para as grandes frentes de trabalho nas obras públicas.
Aconteceu na Expo e na Ponte Vasco da Gama, só para citar dois exemplos. Portanto, a pergunta que se coloca é a seguinte: Será que o combate ao desemprego vai acontecer por esta via, ou vamos apenas fomentar a imigração?